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domingo, 21 de maio de 2023

Olympique de Marseille: A glória recuperada 30 anos depois

Na temporada de 1992/1993, o Olympique de Marseille foi à final da UEFA Champions League, diante do poderoso Milan. Contra um time que tinha Baresi, Maldini, Rijkard e Van Basten, o Marseille foi bravo e venceu o grande jogo por 1x0, gol do zagueiro Basile Boli. 

A taça, erguida pelo histórico Didier Deschamps, coroava uma temporada única, na qual os franceses também venceriam o seu campeonato nacional.

Entretanto, devidos a suposta manipulação de resultados na liga francesa, a temporada heróica acabou se tornando uma mancha na trajetória dos Les Olympiens. O título francês foi cassado, bem como decretado o rebaixamento da equipe. Por outro lado, o título continental foi mantido, e até hoje é o grande símbolo do clube, praticamente 30 anos depois.

A chegada de Castro ao Velodrome era, agora, cercada de expectativas. Com larga experiência, a missão em uma temporada era vencer a Ligue One e trazer para Marseille a taça da Europa League.

E a ansiedade pela coincidência faz o texto começar do futuro: o título continental veio, e veio exatamente 30 anos depois e exatamente contra o mesmo adversário.

3x0 contra o Milan, em 26/05/2023, agora com hat-trick de Olivier Giroud.

O OM chegou à fase de mata-mata como melhor equipe: 16 pontos conquistados, jogando com seu time alternativo. Pelas oitavas, o passeio se seguiu, com um 5x0 agregado contra a Lazio. Nas quartas-de-final e semifinais, 3x2 agregado diante de Atalanta e RB Leipzig, respectivamente. 

A final, de placar já citado, foi amplamente dominada pelo time francês - acabando competitivamente ainda na primeira etapa. Giroud estava inspirado e, assistido sobretudo por Payet, marcou seus gols de número 18, 19 e 20 na temporada, no dia mais importante em trinta anos para o clube.

Se, pela Copa da França, o time caiu ainda nas quartas, diante de um azarão Lille, o campeonato nacional foi vencido com domínio extremo. Com 30 vitórias e apenas 3 derrotas, em 38 jogos, o time somou 95 pontos - 11 à frente do poderoso PSG.

Foram 93 gols marcados, melhor marca da competição. Sem fazer o artilheiro, o time teve o principal garçom da competição em Dimitri Payet, jogador entre os 10 com mais atuações com a camisa do clube.

Na defesa foram sofridos, apenas, 16 gols - marca impressionante e recorde europeu na temporada. Pau Lopez obteve, ao todo, 24 clean sheets, também recordista no continente. 

O número defensivo poderia, aliás, ser ainda melhor: com 11 vitórias nas 11 primeiras partidas, o time sofrera até essa data 3 gols. Se seguisse com a média, seriam apenas 10 ao final da competição.

Os dois títulos conquistados remontam a glória ao time da cidade mais antiga da França.

Sem heróis isolados, o grupo foi destaque. Assim, para finalizar, a lista daqueles que trouxeram os troféus - agora jamais retirados: Pau Lopez, David Raya, Ngapandouetnbu e Ruben Blanco; Bellerin e Pembele; Mbemba, Gigot, Schar, Bella-Kotchap, Caleta-Car e Kamardin; Nuno Tavares, Balde e Hincapie; Payet (capitão e mais assistências, com 17), Gerson, Andreas Pereira, Guendouzi, Gueye, Veretout, Xavi Simons, Strootman e Bertelli; Giroud (mais gols, com 20), Clauss, Trossard (mais jogos, com 47), Alexis Sanchez, Mbeumo, Madueke, Maupay, Milik, Sara e Kolo Muani.

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