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quinta-feira, 8 de junho de 2023

In Pompey We Trust: Championship, here we go!

A chegada à EFL One foi cercada de boas expectativas. O histórico de Castro na competição, a coesão entre diretoria e comissão técnica e a nítida evolução do elenco dentro da EFL Two.

O grande receio, talvez, era iniciar novamente a temporada de modo claudicante. Neste patamar, a recuperação seria mais complicada e virtualmente inviável, postegando um ano no planejamento do clube.

Assim, o primeiro passo seria reforçar a defesa, uma das mais vazadas da temporada 2022/2003. E esse pilar, curiosamente, nem era um zagueiro de formação: como free agent, o Portsmouth trouxe Ainsley Maitland-Niles. Cria de Hale End e muito temperamental, o jovem não se firmou em anos de Premier League e buscou um recomeço sob a orientação de Castro - e funcionando muito bem na nova posição de campo.

Depois dele, o segundo reforço mais importante: Charlie Patino. Outra cria da base gunner, o menino queria minutos e seu time de formação não pode entregar. Assim, Castro apareceu como a melhor opção para seguir desenvolvendo-o, mesmo na terceira prateleira do futebol inglês.

Convertendo muitos empréstimos em contratos definitivos (e longos), o Pompey tinha agora força para buscar um projeto realmente de longo prazo. Omari, Cozier-Duberry, Scarlett, Hall e Chukwuemeka foram contratados por 5 anos. E, dos nomes do elenco, apenas Rico Lewis foi mantido por empréstimo - exigência do City - mas pelas próximas duas temporadas.

Em campo, com foco absoluto na Liga e na Papa John, o time caiu cedo nas duas principais copas inglesas, ainda na segunda fase.

Na Papa John, segundo torneio priorizado pelo clube, veio o título. A caminhada vinha sendo tranquila, com placares dilatados ou jogos mornos utilizando a rotação reserva. O bicho pegou é nas semifinais: contra o Fletwood, o time sofreu dois gols muito cedo e teve de remar até os acréscimos do segundo tempo para chegar ao 2x2 - nos pênaltis, o avanço à grande final (5x3). Em Wembley, a final foi igualmente sofrida, com o Morecambe lutando até o fim contra o favorito Pompey - entretanto, Lane marcou aos 115', dentro da prorrogação, e garantiu o troféu!

Agora, com foco absoluto nos 46 jogos da EFL, Castro rodou menos o elenco em busca do objetivo do acesso. O time-base era claro na mente da arquibancada: Edwards; Lewis, Raggett, Maitland-Niles e Hall; Bajcetic, Patino, Lane, Lowery e Scarlett; Bishop (4-2-3-1).

Alguns jogadores não conseguiram, importante frizar, manter o nível de jogo visto na EFL 2. Caras como Thompson e Robertson, então titulares absolutos no ano anterior, tornaram-se rotações raras de jogo.

No campeonato em si, o time se manteve praticamente o tempo todo em zona de acesso direto, entre primeiro e segundo lugar - o Cardiff foi o adversário mais próximo.

Adversário que, com méritos, foi o campeão da divisão, entregando o segundo lugar ao Portsmouth!

O time galês fez 98 pontos contra 93 do time de Fratton Park. Aliás, a derrocada do Pompey foi justamente na reta final, conquistando apenas 4 pontos em 21 possíveis.

Mesmo com o melhor ataque da divisão (83 gols feitos), o time não obteve o melhor saldo - fruto da defesa muito vazada (54 gols sofridos). E esses gols sofridos que custaram o título.

Individualmente, Bishop seguiu sendo o grande destaque do clube - jogando mais uma vez todas as partidas da temporada, foi coroado principal artilheiro e assistente da liga: 26 gols e 12 passes para gol.

A grande revelação fica por conta de Paddy Lane, que havia surgido como reserva na temporada anterior. Agora, estabilizado no time titular, o norte-irlândes jogou para impressionantes 23 G+A e já figura na seleção de seu país.

Como clube, lucro de £9,15MM (+£24,23MM x - 15,07MM) e projeção de valor para £27,18MM.

Mesmo sem o título da EFL One, o Portsmouth agora jogará a Champioship. E a missão de Castro, para conseguir o terceiro acesso consecutivo, é acertar o balanço da equipe. O ataque evoluiu em dois anos, porém a defesa regrediu - mesmo com um maior volume de partidas sólidas, o time sofreu goleadas avassaladoras. 

Em números gerais, o time venceu mais nesta temporada - porém também perdeu mais partidas.

O acesso veio, mas com farol amarelo, exigindo extrema atenção para os passos na segunda divisão inglesa. O novo campeonato é disputadíssimo, com times há anos na seca da Premier League e outras equipes muito fortes recém-rebaixadas (como Brighton e Nottingham Forrest).

In Pompey We Trust - Again!

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