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terça-feira, 1 de novembro de 2011

Até 2012, moleque, nos vemos na Javari!

"Esse moleque travesso
Que tem nome e tradição
Merece nosso respeito
É a força jovem da nação
 
Que belo time
Que belo esquadrão
Juventus amigo
Do meu coração
 
Juventus, Juventus
Eu estou aqui
Vamos torcer juntos Juventus
E daqui nunca mais sair"



“É, não deu.” Com essa simples frase, Bigão sintetizou o término da campanha grená na Copa Federação Paulista 2011. Chegamos à última partida com boas chances, até a rodada anterior quase nulas. Mas o sonho parou em Campinas, num empate contra a equipe que representa a antítese da nossa tradição. Hoje, no entanto, tradição nem camisa ganha jogo, tampouco campeonatos. Foram 22 jogos, 11 no mítico gramado da Rua Javari. Faltaram 6 para chegarmos ao bicampeonato, sonho de uma torcida cada vez mais sofrida mas cada vez mais apaixonada. Era um sonho conseguirmos o título – uma façanha como a de 2007.

A 3ª colocação na primeira fase foi fruto de um bom começo e um sprint final; 24 pontos em 16 jogos e 28 gols marcados. Na Javari, 8 pelejas, com 4 vitórias e 4 empates – duas vitórias, sobre São Bernardo (2x1) e Taubaté (3x1); três 0x0 diante de Corinthians, Paulista e Taubaté; um jogo épico contra o Audax/PAEC (3x3); e a reabilitação e arrancada contra Osasco (4x1) e Taboão (4x2). Já na segunda fase, 3 partidas na Javari; um choque de realidade: equipes mais fortes, mais “profissionais”, todas de divisão superior a nossa. Contra o time do energético, empate 1x1; contra o Oeste, time recém-promovido á Série C, a primeira derrota nos domínios, 1x3, determinante para a desclassificação; enfim, no que seria o último jogo em casa, vitória sobre o Velo Clube, já classificado, que nos devolvera a esperança para a última rodada. Era tempo de sonho ainda.

Pensando friamente, para o patamar atual do clube, foi uma campanha digna. Claro, para a história que carregamos desde 1924, disputar este torneio, estar preso na A3, sem classificação nacional – é tudo vergonhoso. No entanto, entre os clubes de terceira divisão, fomos o mais bem classificado – os oito melhores clubes da copa pertencem ou a primeira ou a segunda divisão. Serve-se saber de alento disso? Acho que não.

Houve bons destaques. Maurício (1), teve a difícil missão de substitui um ídolo – Marcelo; inseguro muitas vezes, o mão de pantera conseguiu corresponder algumas vezes que exigido, apesar de algumas falhas durante a competição. O capitão Anderson Santos (2) comandou a zaga e todo o sistema defensivo, ponto alto da equipe que começou com um ataque ineficiente. Fábio Duarte (5) teve início instável errou feio contra o Audax, na Barra Funda, mas foi se recuperando e fez uma das melhores atuações individuais no torneio, quando anulou o camisa 11 do próprio Audax, agora na Javari. Léo Cruz (4), o Banega, incansável, quase onipresente na cabeça-de-área. Nem (8), maestro, lento às vezes, com uma postura corporal que irrita quando ele faz jogo ruim, mas que comandou o meio-campo grená com muito talento. Luisinho, homem da bola parada, do gol espírita de falta, que se tornou o goleador do time ao longo da campanha. Pablo (7), saiu bem do banco pra dar a primeira vitória em casa e se firmou como titular; artilheiro com 10 gols, mas com uma infinidade de gols feitos perdidos.


E o que falar da “trupe”? Presente em todos os jogos no estádio, fosse em 7 ou 8 pessoas ou com apenas 1 ou 2. Estávamos lá, sempre representados. Quando não in loco, de algum jeito nem que fosse no placar online. No Conde Rodolfo Crespi, à esquerda das cabines de transmissão, segundo ou terceiro degrau, ao lado da escada. Bigão, Luciano, Renato, Reinaldo, Ronald, Sérgio, Celsinho. Entendendo o jogo, antecipando as movimentações táticas, o pensamento do professor, acertando nas alterações e se surpreendendo com as mudanças sem sentido executadas. Enfim, valeu a pena. Resenhas, gritos de gol, tudo que envolveu essa jornada maluca de acompanhar o Juventus. E quanto estava engasgado o primeiro gol contra o Audax, depois de três 0x0 e tomar três gols em 20 minutos? E o terceiro gol? – nem se fala!



Após um ano sem o acesso para a A2 e sem o título da FPF, chegou a hora de repensar as metas, corrigir o rumo e se organizar para buscar êxito no Paulistão de 2012. O ano que passou não pode ser jogado fora e ser tratado como lixo. Manter a base desta equipe, contratar um bom treinador e uma boa comissão técnica, que tenha respaldo da diretoria e da torcida é fundamental para que o projeto do ano que vem possa começar com coerência e futuro. O moleque travesso pode ter a certeza de que sua torcida estará lá, independente da situação. A única exigência não é títulos, é amor à camisa – honrá-la e colocá-la de volta entre as principais do estado. Expectativa um quanto utópica - mas é isso mesmo.

Até 2012, moleque, nos vemos na Javari! 

Saudações juventinas!


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