O Real Madrid nunca chegara na "Era Mourinho" com tamanha confiança e dose de favoritismo. O Bernabéu ferveria e colocaria o Barcelona no canto do ringue, como pedira Mou. E o cenário se desenhou e mais positivo impossível - com menos de 30'' o goleiro catalão Valdez dá uma "pixotada" que acaba com gol de Benzema, deixando os madridistas com a vantagem do gol pra jogar no contra-ataque. Sonho de Mourinho. Mas o Barcelona, como frisei em posts anteriores, gosta de grandes jogos. Mantendo sua postura de posse de bola e toque e apostando em diversas variações táticas, a equipe catalã conseguiu o empate ainda na primeira etapa para, no segundo tempo, dar uma aula de futebol e de como ganhar uma partida com superioridade. O 1x3 ficou barato, várias oportunidades foram desperdiçadas na área de Casillas e o Barcelona segue como melhor equipe do mundo.
Mourinho apostou numa escalação ousada mas bem protegida. Ozil controlaria a criação com saída de bola de Xabi Alonso e Lass seria o caçador de Messi. Dí Maria aberto pela direita e Ronaldo pela esquerda completariam a armação com Benzema a frente. O que não se esperava era a apática atuação de Cristiano, com poucas arrancadas e finalizações equivocadas. A má partida do craque português contribuiu para que o gol de Benzema, no começo, nada significasse para o desenrolar da partida. O Real se perdeu em campo. O gol do francês foi apenas uma dificuldade para o Barcelona impor seu jogo com maior tranquilidade.
Guardiola surpreendeu a deixar o instável Villa fora. Apesar de maior goleador da história da Fúria, vive jejum de gols e deixou a oportunidade para Alexis. O chileno, por sua vez, não decepcionou, em especial ao guardar seu gol após belíssima arrancada de Lionel Messi. Messi que poderia ter sido expulso após falta em Xabi Alonso - e sua não expulsão, justa ou injusta, deu campo para a aula barcelonista. Puyol, na partida, foi zagueiro central, terceiro zagueiro e lateral; Dani foi lateral, meia-direita e ponta-direita; Cesc volante, meia-esquerda e centroavante. Enfim, Pep tem uma leque (aparentemente infinito) de variações táticas que derrotaramm Mourinho. Graças, também, a Cesc e Alexis, os mais novos na equipe, que jogaram como veteranos do grupo e tiveram bela atuação. O segundo tempo foi espetacular, uma aula. Xavi desempatou, em chute desviado por Marcelo e Fabregas ampliou, de cabeça - ambos após jogadas de Iniesta.
A maior decepção foi CR7. Apareceu pouco, pareceu omitir-se, sobretudo perante Dí Maria, melhor jogador do Real. Foi bem anulado por Puyol, quando este fez a lateral direita. Mas não há justificativas para a péssima jornada do português.
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