Um não conquistou um título, outro conseguiu um e outro, dois. Não formaram os maiores esquadrões nem passaram perto de conquistar a Champions League nem lá não jogaram Messi ou Cristiano Ronaldo. Mas Athletic, Napoli e Dortmund foram de longe os times mais legais do ano europeu. Pela raça, pela ofensividade, pelas torcidas, o futebol foi mais feliz. A seguir, um pouquinho de cada um deles...
Athletic Bilbao. O choro copioso dos bascos do Athletic na final da Europa League demonstrou que ainda há quem ame a camisa que veste. Seja por um ideal, a história do Bilbao mostra que a reação após a derrota do seu primeiro título internacional foi a mais pura possível. "El Loco" Bielsa fez um brilhante trabalho e levou a equipe a duas finais - e acabou por perder ambas. No entanto, nada apagará um dos mais legais times da temporada europeia, por sua superação e, sobretudo, por seu futebol ofensivo, solto. Muniain (foto) se mostrou ao mundo como uma das grandes promessas do futebol local e vários outros confirmaram seu talento: Llorente, DeMarco, Iñigo Perez, Susaeta, Ander Herrera, Ibai Gomez e Javi Martinez. Do mesmo modo, o treinador argentino confirmou-se como um dos melhores treinadores da atualidade, principalmente porque cria, ousa e não apenas copia um modo de futebol. A perda da conquista engrandeu um time por sua reação. Não era o objetivo, óbvio, mas foi o suficiente para marcar uma grande história do futebol.
Napoli. Walter Mazzari pregou seu estilo no Napoli desde sua chegada. Às vezes suicida, como foi diante do Chelsea no segundo jogo da UCL, o 3-4-3 nos brindou com grandes atuações, sobretudo quando disputados sob o calor do estádio San Paolo. O clima apaixonado empurrava a equipe que finalmente conquistou um título pós era-Maradona, a Copa Itália em cima da Juventus. O feito foi tal, que Hamsik, um dos craques do time, raspou seu conhecido moicano em promessa pelo caneco. A sensação do trio Hamsik-Lavezzi-Cavani era a mais evidente, mas também um time muito veloz, de contra-ataques mortais se mostrava coadjuvando as estrelas. Não retornará à Champions próxima temporada e talvez tampouco se manterá o trio de ataque; então, que se tenha aproveitado bem o clima napolitano, as grandes jogadas e escutado em alto e bom som 'O Surdato 'Nnamurato.
Dortmund. O Borussia conquistou pela primeira vez o bi campeonato alemão e a Pokal Cup e deixou os ricos de Munique mais uma vez no vácuo. Jurgen Klopp foi o maestro de uma equipe envolvente, rápida, com destaques para o zagueirão Hummels, o japonês Kagawa e o polonês Lewandovski. Outro destaque, Mario Gotze, sofreu com as lesões e não rendeu o esperado. Também com coadjuvantes brilhantes, como Kuba, Schmelzer, Großkreutz e Perisic, era a alegria da belíssima "muralha amarela" que vi seu time quase falir para chegar ao alto da Alemanha. Para o ano que vem tenta realizar novos feitos, agora em âmbito internacional - ou seja, aprontar na Champions League. Sem Kagawa para 12/13, a esperança para auxiliar Gotze é Marco Reus, revelação alemã do outro Borussia, o Gladbach.
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