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quinta-feira, 2 de maio de 2013

30 anos da maior conquista grená! Campeão brasileiro (Taça de Prata para os modernos...)

A maior conquista da história juventina completa 30 anos. Em 1983, o Juventus foi campeão brasileiro. E não podemos deixar de homenagear esta data histórica na linda trajetória do Moleque Travesso. Então, vamos logo para...


A história por quem a viveu... Noite fria foi aquela terça-feira, 03 de maio de 83. Na beira do Tietê então, mais fria e úmida se tornava. Dentro do velho estádio Alfredo Shüring, a temperatura aumentava de forma diretamente proporcional à ansiedade de quase 4.000 pessoas que ali aguardavam o grande embate.

Também lá na Fazendinha, na tarde do domingo anterior, um politicamente agitado feriado de 1º de maio,   o segundo jogo da decisão “melhor de três”, havia terminado com fácil vitória grená sobre o Campeão das Alagoas: 3 a 0, mas a torcida juventina lamentava a perda de seu melhor atacante: Trajano,  sósia do Ataliba e tão eficaz quanto.

A sensação de “eletricidade no ar”, dominante antes de todo combate importante, fazia com que as torcidas já se estranhassem. Perto do bar do estádio, encontraram-se e pequenas escaramuças começaram: “Vendetta! Vendetta! Vendetta!” urrava a Barra Brava avinhada  pelas lembranças do jogo de domingo, quando Jacozinho, o expoente nordestino, e seus companheiros usaram e abusaram da truculência para  conter a superioridade técnica da equipe paulistana.


O jogo então começa. Parece um terceiro tempo do jogo anterior. O Juventus dominando o território com os mestres Cesar e Gatãozinho, e o CSA continuando a fazer o que vinha fazendo no domingo: batendo, batendo, batendo. Jogo feio. Juiz com rédea solta na mão. Sem chances de gol para ambos os lados.
Intervalo e outro encontro entre as torcidas, mas parece que dessa vez havia um ingrediente novo: o Presidente do CSA e conhecidos políticos da República das Alagoas também quiseram participar da “brincadeira”. Claro, com seus jagunços ao lado. Nesse momento, a PM paulista interveio do modo tradicional, apaziguando os ânimos.

Recomeço de jogo. Frio aumentando e sereno caindo.

A segunda etapa já passava de sua metade, quando o “front” nordestino mais pressionava, Deodoro, nosso deus da Raça, destrói um avanço com um “chutão de bico” à frente. Afinal, era jogo de campeonato ! E por um átimo de titubeio da zaga do CSA, o lateral Nelsinho Batista dominou o balão e partiu, célere em diagonal, rumo ao gol alheio. Ao chegar dentro da área, já cansado, havia sido alcançado por um enorme zagueiro alagoano. Então, a experiência de tantos anos no São Paulo e no Santos foi útil. Ameaçou ir em frente e cortou o zagueiro no contra-pé. Esbarrado, foi chocar-se ao gramado duro e umedecido pelo sereno daquela noite de lua cheia. Ouve-se o apito e vislumbra-se o dedo arbitral apontando para a sagrada marca da cal. Penalti duvidoso ? Ué ! É penalti do mesmo jeito. Reclamem com o bispo! Cumpriu-se então a longa liturgia de reclamações por parte dos punidos que sentem injustiçados.

Fonte: Manto Juventino
Enquanto isso, a torcida grená, incluída a então engatinhante Ju-Jovem com grandes bandeiras e faixas, cumpriu sua tradicional peregrinação para  postar-se atrás do gol, esperando ver as redes em formato “véu de noiva”, estufarem.

Ah! E como estufaram com o potente “shoot” do médio-volante Paulo Martins no centro do gol, enquanto o esforçado “goalkeeper” alagoano escolhia o lado errado para tombar !!!

Daí até o fim nada mais de importante aconteceu, só  se notando o inútil incremento da violência dos irritados futuros vice-campeões da Taça de Prata de 1983 contra os bravos paulistas avinhados.

Apito final!!! Arquibancadas vazias!?!?!

Claro. Todos tinham invadido o campo para festejar com os jogadores, carregando a desejada Taça de Prata para a Mooca!!!

A volta olímpica, que começou na Fazendinha, só terminou na antiga e histórica Alameda Javry, com festa até a madrugada da torcida junto com os protagonistas de nossa maior conquista: Carlos Pracidelli, Nelsinho Batista, Deodoro, Nelsinho, Bizi, César, Paulo Martins, Gatãozinho, Sidnei, Ilo, Bira, Trajano, Candido, Mário, o comandante Candinho, Elias Pássaro, Dr. Dalvir, o roupeiro Araújo, Robertão e o grande artíficie da vitória, o inigualável estrategista José Ferreira Pinto Filho. Grande noite foi aquela !!!

Amigos, falar e escrever sobre o meu Juventus sempre é um prazer e  uma oportunidade de reviver a emoção de ser campeão, mesmo decorridas três décadas, embora, neste exato momento, meu sentimento seja o inverso ao da época, por isso FAÇO UM ALERTA: pois enquanto vocês,  que cultuam o Templo da Javari e o futebol do Glorioso Moleque Travesso, estão lendo  este texto, germinam, dentro do próprio  meio associativo do clube, sementes de  intolerância e de inegável desprezo  à continuidade do futebol profissional, geradas pela vaidade, inveja, incompetência, ganância,  política clubística  pautada por um fisiologismo rasteiro, incapacidade corporativa e, acima de tudo, pela  pura e simples falta de Amor ao Juventus.

Portanto, Juventinos, uni-vos e atentai aos fatos à vossa volta !!!

Por fim, agradeço o espaço oferecido pelo Blog Bola Pro Mato e afirmo que os fatos descritos retratam a minha visão pessoal do jogo e dos acontecimentos periféricos, os quais tive a satisfação e alegria de presenciar, juntamente com toda minha família presente ao estádio.

Sergio Valdez Agarelli
Somente um Juventino.


O manto juventino... O uniforme da conquista talvez seja o mais querido e emulado até hoje. No entanto, incapaz de discorrer a respeito do manto com grande qualidade, redireciono os amigos ao Manto Juventino - http://mantojuventino.blogspot.com.br/2010/02/1983-taca-de-prata.html e http://mantojuventino.blogspot.com.br/2012/08/camisa-de-1983.html


Os 11 homens... De pé, da esquerda para a direita: Carlos Pracidelli, Nelsinho, Deodoro, Assis, Bizi, Nelsinho Baptista e Elias Pássaro (massagista). Agachados: Sidnei, Cesar, Cidão, Gatãozinho e Wilsinho.


Campeão de 83 do brasileiro, sou operário e p*tanheiro, Taça de Prata para os modernos...

Voltaremos! #ComoEm83 #ForzaJuve

2 comentários:

  1. palavras de senhor valdez agarelli! nada mais... forza juve. chupa collor! aqui é o feudo mooca, nao o feudo dos marajás!

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