A maior conquista da história juventina completa 30 anos. Em 1983, o Juventus foi campeão brasileiro. E não podemos deixar de homenagear esta data histórica na linda trajetória do Moleque Travesso. Então, vamos logo para...
Também lá na Fazendinha, na tarde do domingo anterior, um politicamente agitado feriado de 1º de maio, o segundo jogo da decisão “melhor de três”, havia terminado com fácil vitória grená sobre o Campeão das Alagoas: 3 a 0, mas a torcida juventina lamentava a perda de seu melhor atacante: Trajano, sósia do Ataliba e tão eficaz quanto.
A sensação de “eletricidade no ar”, dominante antes de todo combate importante, fazia com que as torcidas já se estranhassem. Perto do bar do estádio, encontraram-se e pequenas escaramuças começaram: “Vendetta! Vendetta! Vendetta!” urrava a Barra Brava avinhada pelas lembranças do jogo de domingo, quando Jacozinho, o expoente nordestino, e seus companheiros usaram e abusaram da truculência para conter a superioridade técnica da equipe paulistana.
O jogo então começa. Parece um terceiro tempo do jogo anterior. O Juventus dominando o território com os mestres Cesar e Gatãozinho, e o CSA continuando a fazer o que vinha fazendo no domingo: batendo, batendo, batendo. Jogo feio. Juiz com rédea solta na mão. Sem chances de gol para ambos os lados.
Intervalo e outro encontro entre as torcidas, mas parece que dessa vez havia um ingrediente novo: o Presidente do CSA e conhecidos políticos da República das Alagoas também quiseram participar da “brincadeira”. Claro, com seus jagunços ao lado. Nesse momento, a PM paulista interveio do modo tradicional, apaziguando os ânimos.
Recomeço de jogo. Frio aumentando e sereno caindo.
A segunda etapa já passava de sua metade, quando o “front” nordestino mais pressionava, Deodoro, nosso deus da Raça, destrói um avanço com um “chutão de bico” à frente. Afinal, era jogo de campeonato ! E por um átimo de titubeio da zaga do CSA, o lateral Nelsinho Batista dominou o balão e partiu, célere em diagonal, rumo ao gol alheio. Ao chegar dentro da área, já cansado, havia sido alcançado por um enorme zagueiro alagoano. Então, a experiência de tantos anos no São Paulo e no Santos foi útil. Ameaçou ir em frente e cortou o zagueiro no contra-pé. Esbarrado, foi chocar-se ao gramado duro e umedecido pelo sereno daquela noite de lua cheia. Ouve-se o apito e vislumbra-se o dedo arbitral apontando para a sagrada marca da cal. Penalti duvidoso ? Ué ! É penalti do mesmo jeito. Reclamem com o bispo! Cumpriu-se então a longa liturgia de reclamações por parte dos punidos que sentem injustiçados.
Fonte: Manto Juventino |
Ah! E como estufaram com o potente “shoot” do médio-volante Paulo Martins no centro do gol, enquanto o esforçado “goalkeeper” alagoano escolhia o lado errado para tombar !!!
Daí até o fim nada mais de importante aconteceu, só se notando o inútil incremento da violência dos irritados futuros vice-campeões da Taça de Prata de 1983 contra os bravos paulistas avinhados.
Apito final!!! Arquibancadas vazias!?!?!
Claro. Todos tinham invadido o campo para festejar com os jogadores, carregando a desejada Taça de Prata para a Mooca!!!
A volta olímpica, que começou na Fazendinha, só terminou na antiga e histórica Alameda Javry, com festa até a madrugada da torcida junto com os protagonistas de nossa maior conquista: Carlos Pracidelli, Nelsinho Batista, Deodoro, Nelsinho, Bizi, César, Paulo Martins, Gatãozinho, Sidnei, Ilo, Bira, Trajano, Candido, Mário, o comandante Candinho, Elias Pássaro, Dr. Dalvir, o roupeiro Araújo, Robertão e o grande artíficie da vitória, o inigualável estrategista José Ferreira Pinto Filho. Grande noite foi aquela !!!
Amigos, falar e escrever sobre o meu Juventus sempre é um prazer e uma oportunidade de reviver a emoção de ser campeão, mesmo decorridas três décadas, embora, neste exato momento, meu sentimento seja o inverso ao da época, por isso FAÇO UM ALERTA: pois enquanto vocês, que cultuam o Templo da Javari e o futebol do Glorioso Moleque Travesso, estão lendo este texto, germinam, dentro do próprio meio associativo do clube, sementes de intolerância e de inegável desprezo à continuidade do futebol profissional, geradas pela vaidade, inveja, incompetência, ganância, política clubística pautada por um fisiologismo rasteiro, incapacidade corporativa e, acima de tudo, pela pura e simples falta de Amor ao Juventus.
Portanto, Juventinos, uni-vos e atentai aos fatos à vossa volta !!!
Por fim, agradeço o espaço oferecido pelo Blog Bola Pro Mato e afirmo que os fatos descritos retratam a minha visão pessoal do jogo e dos acontecimentos periféricos, os quais tive a satisfação e alegria de presenciar, juntamente com toda minha família presente ao estádio.
Sergio Valdez Agarelli
Somente um Juventino.
O manto juventino... O uniforme da conquista talvez seja o mais querido e emulado até hoje. No entanto, incapaz de discorrer a respeito do manto com grande qualidade, redireciono os amigos ao Manto Juventino - http://mantojuventino.blogspot.com.br/2010/02/1983-taca-de-prata.html e http://mantojuventino.blogspot.com.br/2012/08/camisa-de-1983.html
Os 11 homens... De pé, da esquerda para a direita: Carlos Pracidelli, Nelsinho, Deodoro, Assis, Bizi, Nelsinho Baptista e Elias Pássaro (massagista). Agachados: Sidnei, Cesar, Cidão, Gatãozinho e Wilsinho.
Campeão de 83 do brasileiro, sou operário e p*tanheiro, Taça de Prata para os modernos...
Voltaremos! #ComoEm83 #ForzaJuve
Grande Juventus
ResponderExcluirpalavras de senhor valdez agarelli! nada mais... forza juve. chupa collor! aqui é o feudo mooca, nao o feudo dos marajás!
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