A partida foi típica de uma segunda fase de A3, ou seja, coisa parecida com o vamos encarar na sequência da competição. Um primeiro tempo muito estudado, com times cautelosos e se valendo de brechas da defesa ou bolas paradas para gerar maior perigo. Já nos 45 finais o time se soltou, impôs um pouco o toque de bola que lhe é característico e esboçou algumas jogadas mais bem elaboradas. Sem atuações de alto nível da maioria dos atletas em campo, Adiel se destacou caindo pela direita do campo e buscando o chamado Legislador no centro da área; no entanto, como se surpreendesse a ilógica do esporte bretão, quando se deslocou no facão pela esquerda que Adiel pode complementar a jogada do primeiro gol. Daí pra frente o Juventus dominou a partida e André Dias não teve mais sustos na meta grená. A pá de cal veio com Gil, após marcação pressão do meio-campo (méritos, aqui, para o garoto Ataíde) que entregou bola limpa para o camisa 9 ampliar o marcador.
Depois do banho de água fria que foi o Juvenal na última quarta-feira, a postura do grupo foi corrigida e a vitória foi conquistada com humildade e méritos.
(Foto: Ale Vianna) |
Vitória que foi a de número 12 na competição, proporcionando a liderança isolada e absoluta. Melhor ataque e melhor defesa (34 e 14), com aproveitamento de 70% dos pontos. Na Javari, 88,9%, número espetacular visto o retrospecto dos últimos anos.
Apesar da rodada a cumprir, fora de casa contra o São José, já vale o momento para um balanço da competição até aqui.
É consensual que não ganhamos absolutamente nada. Todavia é inegável que o resultado é melhor que a encomenda.
De tantas desconfianças, Rodrigo deu ao time padrão de jogo. Diga-se que muitas vezes vemos erros de posicionamento, coberturas esquisitas e falta de sintonia entre as linhas. Ao mesmo tempo, hoje sabemos a escalação do time, onde cada um joga e a mentalidade de jogo – posse de bola e cadência com Adiel e Daniel e velocidade com Orinho e Nathan. Ou seja, o time tem cara - acredito que desde o time de Celinho na FPF13 não tínhamos uma identidade, por mais feia que fosse àquela época.
Dito isso, as expectativas com tamanha campanha são altíssimas na segunda fase, quase como uma obrigação. Teremos 6 jogos a princípio dificílimos. Os adversários já identificaram o estilo juventino e as possíveis variações. Mapeados pontos fracos e fortes, o primeiro lugar nos entrega também a responsabilidade de ditar o ritmo das partidas, seja dentro ou fora de casa – isso pois os números dizem aos adversários para aguardar nosso primeiro movimento para reagir.
A esta altura temos muito mais elogios a críticas. O toque de bola da equipe, a paciência para criar as jogadas é para se destacar; sobretudo por envolver quase todo o time, não há um passador ruim nos jogadores de linha. Dessa forma, quando a movimentação de Nathan, Daniel, Gil é eficiente, o ataque se torna letal. A divisão de gols e a participação ativa de alguns reservas dá trunfos ao time manter o nível mesmo sob diferentes aspectos de jogo.
Por outro lado, cabe mais a nós alerta a pontos ainda frágeis. O número de pênaltis é um misto do excesso de vontade à falta de jeito em algumas jogadas (e, claro, alguns tem ajudinha do senhor juiz) e precisa ser moderado. André Dias seja talvez o nome da competição, mas precisa também ser menos exposto. Sinto falta de Daniel e Adiel jogando bem simultaneamente – não o fazem pela marcação a que expostos, mas precisaremos dessa sintonia em breve. E reagir ao gol tomado, que nas derrotas ficou evidente que não temos o melhor retrospecto.
Tudo mostra que se é muito mais que Gil. É também Gil. E André, e Leo, e Adiel. É um time. Se a mídia prega o contrário nós e principalmente o vestiário do Juventus entende que se está onde está pela unidade que se criou com o objetivo no acesso.
Diferentemente do clima de 2012, em que as alamedas no entorno da Javari conviviam com a grande e aloprada família Ferreirão, vemos um elenco estritamente profissional e dedicado a um objetivo, pouco festejando com os sons e reações da arquibancada. Que seja assim se for para a conquista, problema algum.
Bom, antes da segunda fase voltaremos para passar expectativas mais fiéis à proximidade e tensão das partidas. Mas por enquanto, é a impressão que fica.
Por fim, pra brincar, algumas notas até agora:
- Time: 8,5
- Rodrigo Santana: 8,0
- André Dias: 9,0 – Pegou vários pênaltis e fechou o gol. A desconfiança em torno dele é uma sombra da atual grande fase.
- Ferro: 7,0 – Consistente e líder do grupo. Ainda deve um pouco nas subidas ao ataque.
- Leo Fioravanti: 8,5 – Tomou a titularidade com merecimento e é o principal zagueiro do grupo hoje.
- Victor Sallinas: 7,0 – Voltou muito bem e cometeu alguns erros no meio da competição. Pela técnica e disposição ainda merece o posto na equipe titular.
- Orinho: 6,5 – Ainda oscila grandes jogos com alguma displicência. É da idade, mas precisa de mais concentração no jogo.
- Fellipe Nunes: 8,5 – Contra o Nacional se percebeu a falta que faz. Desde o ano passado, extremamente regular na primeira volância.
- Derli: 7,5 – Sempre a 110% no jogo. Precisa melhorar no passe e finalização, haja visto que tem tido muita liberdade para atacar mas pouca eficácia.
- Adiel: 8,0 – No seu ritmo e com a perna esquerda afiada, vem mantendo bom nível para a exigência do campeonato. Alterna posição no campo todo e é peça fundamental do time.
- Daniel: 7,5 – Tem a média de alguns jogos nove e outros cinco. Se estiver alguns jogos a mais ligado, desequilibra com gols e assistências.
- Gil: 7,5 – Não tá jogando o que a mídia diz. Mas está correndo e se esforçando demais e é isso que realmente importa. Tem 6 gols e mais um punhado de assistências, segura zagueiro e intimida adversário. Vem ajudando muito.
- Nathan: 8,5 – Começou voando e caiu um pouco nas últimas rodadas. Precisa de descanso e tranquilidade para voltar ao ritmo ideal.
- Rafael Vianna: SN
- Rafael Soares: SN
- Charlinho: 6,0 – Entrou bem em alguns jogos, é polivalente e dá energia sempre que entra.
- Testoni: SN
- Rodolfo: 6,0 – Era titular mas cartões bobos o tiraram da equipe. É reserva imediato para a zaga.
- Cássio: SN
- Cássio Góis: SN
- Ataíde: 6,0 – Destaque da Copa SP, foi titular contra a Inter e mostrou raça. Bom jogador, mas jovem e precisa de calma em eventual participação sua na segunda fase.
- Wellington Ketzer: 5,5 – Entra quase sempre e ainda está devendo, abaixo do nível dos titulares.
- Agnello: SN
- Ricardinho: SN
- Rafael Branco: 7,0 – Rafa White tem sua melhor temporada. Encontraram sua posição ideal e vindo sempre do banco tem somado gás aos finais dos jogos. E também decidiu, como contra o Primavera. Alternativa importante do elenco.
- Kennedy: SN
- Bruno Santiago: SN
- Raikard: 5,0 – E olhe lá, viu, Raiká.
- Renato Sorriso: 5,5 – Jogou pouco e não aproveitou quando esteve em campo. Mas fará um gol decisivo para o acesso, pois a mística não mente.
- Abraão: 7,0 – Jogou pouco mas mostrou sua qualidade. Se puder atuar na segunda fase, será muito importante para alguns jogos especialmente fora de casa.
TAAAA MALUCO RAPÁ...
ResponderExcluir5 PRO RAIKARD ????
MAS NEM 0.5
HAHAHAHAHAA