O acesso para a 3ª divisão foi conquistado com tranquilidade e empolgou diretoria, CT, atletas e torcida – todo o mundo Pompey! Entretanto, as verbas permaneceram extremamente limitadas para reforços e a montagem do elenco recomeçou com grandes dificuldades.
Para sanar dívidas de renovações de contrato e tentativa de manutenção de jogadores emprestados, Terry Gornell foi vendido, causando apreensão na torcida e um furor na imprensa local. De Castro foi classificado como louco e a diretoria, respaldando-o, sofreu também as consequências.
Porém, a estratégia mostrou resultado.
Apesar de não conseguir contratar os destaques da temporada anterior em definitivo, à exceção de Calleri por 300 mil libras junto ao All Boys, boa parte deles concordou em permanecer no projeto do Portsmouth: Bellerin, Grealish, Martial e Gnabry renovaram seus vínculos por mais uma temporada. Por outro lado, Toral, Akpom, Marcos Lopes, Lingaard, Denis Suarez e Ayoze retornaram a seus clubes (ainda Warren, East, Ertl e Agyemang deixaram o clube em definitivo).
Somando-se ao elenco, uma dupla de volantes promissora: N’Golo Kanté, chegado do Caen-FRA e Matias Kranevitter, do River Plate-ARG, ambos emprestados.
Ricky Holmes retornou de empréstimo, como fizera Butler ao final da última temporada, com a expectativa de disputa por posição com o bad boy irlandês Grealish.
Como cartada final, a diretoria optou por trazer as últimas peças de modo arriscado: velho conhecidos do futebol, acima dos 36 anos, em transações gratuitas e contratos de 1 ano. Entre eles, quatro nomes: Manuel Almunia, ex-goleiro do Arsenal e do Watford recentemente; Mikael Silvestre, com passagens por Arsenal e Manutd, polivalente pelo lado esquerdo defensivo do campo; Rory Delap, famoso pelo lateral/escanteio do Stoke City na década de 2000; e Luis Garcia, meia-atacante espanhol, campeão da UCL pelo Liverpool em 2005.
Dessa forma, montou-se o elenco 2014/2015:
Goleiros: Smith, Sullivan e Almunia;
Laterais: Bellerin, Moutaouakil, Painter e Butler;
Zagueiros: N’Golo, Bradley, Whatmough, Devera e Silvestre;
Meias: Kante, Kranevitter, Padovani, Delap, Ferry, Grealish e Holmes;
Atacantes: Martial, Gnabry, Calleri, Barcham, Craddock, Luis Garcia e Connoly.
Quais as metas factíveis para a temporada? Mais um acesso? Bi-campeonato da J Paint? Uma zebra na FA?
Os especialistas locais estão empolgados com a campanha que promete o Portsmouth. Todo o condado de Hampshire vem se mobilizando para o que parece o renascimento do Football Club. A meta é após mais duas temporadas estar disputando a Liga ao lado do Southampton, vizinho local.
Nacionalmente, o time produz efeitos ainda discretos, mas já assusta alguns adversários. Arsenal e Chelsea foram vítimas do pequeno gigante; o que seriam dos rivais de League One? O acesso é apontado por mais de 80% da crítica, que coloca sua estagnação na divisão como uma surpresa.
Em termos gerais, a expectativa é alta – curiosamente inversamente proporcional ao dinheiro ali investido. No entanto, já se provou que com vontade e organização é possível – e que, assim, um raio pode cair duas vezes (ou mais) no mesmo lugar.
Apenas sabemos que #InPompeWeTrust
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