Foto Divulgação CA Juventus e (o mito) Ale Vianna |
Na Mooca, o entusiamo não pode ser medido nem pela fila aparentemente interminável que começa na porta do Estádio Conde Rodolfo Crespi e se perde de vista na Rua dos Trilhos: o time do bairro está nas quartas de final da maior Copinha da história.
Trata-se do melhor resultado do clube mooquense desde a semifinal alcançada em 2006, quando caiu nos pênaltis (7x6) para o Comercial de Ribeirão Preto, no Estádio Ninho do Corvo, em Guarulhos, após empate por 1 a 1 no tempo regulamentar.
Após 11 anos, o aguerrido time grená e branco encontrou nas arquibancadas lotadas da Rua Javari, onde mandou cinco de suas seis partidas até, uma fonte inesgotável de apoio. Com essa simbiose, derrubou três campeões nacionais em sua jornada.
A vítima na manhã do último domingo (15) foi o Avaí, que perdeu por 1 a 0 graças a um belíssimo gol marcado por Dener aos 30 minutos do primeiro tempo. Antes, caíram Fluminense (2 a 1), segundo maior vencedor da Copinha, e, Grêmio Osasco (1 a 0).
Com o resultado positivo, o Juventus acumula sua quinta vitória, levando em consideração os êxitos obtidos na fase de grupos diante da Portuguesa (1 a 0) e Sete de Setembro (4 a 0). A única derrota veio para o Figueirense, na última rodada (2 a 0).
O próximo adversário, invariavelmente, será outro clube que ostenta um título nacional: Juventude e Bragantino definem nesta segunda-feira (16), às 16h, em Diadema, o penúltimo semifinalista do torneio. Mas já fica o alerta: são tempos de travessura.
Com 120 times inscritos - recorde absoluto, as esperanças grenás eram relativamente baixas no início da Copinha. Repetir a campanha de 2016, avançar à segunda fase, de repente aprontar para cima de um grande clube. Nada muito ambicioso, sejamos sinceros.
A vitória no clássico contra a Portuguesa logo na estreia, porém, animou. A classificação antecipada no jogo seguinte também. E aí o time foi se desenvolvendo, sem muita atenção, com seu futebol relativamente limitado, porém muito batalhador e apaixonado.
O confronto diante do Fluminense deixou esse espírito bem nítido. O desânimo por sair atrás no placar, o empate pouco antes do intervalo, a virada. A superação, o coração em cada dividida, a malícia de segurar o resultado. Fatores que calejaram o Moleque.
Com a vantagem de atuar novamente em seus domínios, o Juventus decide seu futuro na quinta-feira (19), às 16h. Para quem já chegou tão longe e está entre os oito melhores da competição, um passo para a semifinal está a nosso alcance. Acreditar é preciso. Torcer, ainda mais.
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