[Rangers, Temporada 2017/2018]
De Castro chegou prometendo muita coisa e a ilusão tomou conta da massa azul em Glasgow. Foram cinco anos esperando por uma vitória do Rangers sobre o Celtic, se contarmos apenas o tempo normal. A última vitória do Rangers foi nos pênaltis em 2016. Em um jogo pela liga, cinco longos anos. A última vitória tinha sido no dia de março de 2012, quando, ainda pelo Campeonato Escocês, o Rangers venceu por 3 a 2. Foi ao final daquela temporada que o Rangers faliu e acabou rebaixado. Depois disso, foram 15 jogos e 12 vitórias do Celtic, com três empates. Em um deles, o Rangers se classificou na semifinal da Copa da Escócia, em 2016 - o último triunfo sobre o rival, ainda que não tenha sido uma vitória (Fonte: Trivela)
E o primeiro jogo contra o Celtic sob o comando do promissor treinador foi um pesadelo, talvez o único e absoluto choque que, mesmo prematuramente, quase derrubou De Castro: 1x4 em pleno Ibrox Stadium.
A recuperação foi dura no início. Sem grandes verbas para contratações e logo com uma avaliação de baixa confiança, teve em um velho ídolo o maior pilar da temporada: Kenny Miller.
Com 38 anos de idade e mais de 250 partidas pelos azuis, o veterano foi o terceiro atleta com mais atuações na temporada - impressionantes 48 partidas - e nestas, 20 gols e 18 assistências. A derradeira temporada de uma lenda.
Outro fator decisivo foi o chuteira de ouro do país: Danny Welbeck, principal contratação da temporada. Vindo em baixa do Arsenal, o rapaz de Manchester recebeu a camisa 17 e repetiu o número da camisa em tentos pela Scottish Premier League, numa briga gol a gol com o matador May, do rival Aberdeen, que terminou com 16. Na temporada, contando copas e ligas europeias, deixou as redes balançando 28 vezes e assistiu seus companheiros em outras 9 oportunidades.
Apesar de destacar ambos, o elenco curto sustentou bem o ano; para terem uma noção, nove atletas disputaram 40 partidas ou mais no intervalo de 9 meses de temporada. Dorrans, por exemplo, disputou 50 jogos! As três disputas do ano (Liga, Copa e Europa League) logo se tornaram duas devido a uma precoce eliminação dos reservas pela Copa e isso encurtou ~brevemente~ o caminho.
O elenco, ora citado como curto, foi montado sustentado no time do acesso e um pacotão obtido junto ao Arsenal. No "grupo um", Tavernier, Declan John, Dorrans, Daniel Candeias, Morelos, Windass e Ryan Jack. No "grupo dois", Welbeck, Reiss Nelson, Iwobi, Nketiah, Maitland-Niles e Rob Holding. Por fim, chamemos o "grupo 3", não citados, de achados do mercado, como Dempsey, Bjarnsson e Halldorson.
Time-base (4-4-2): Halldorson; Tavernier (C), Holding, Bruno Alves e John; Bjarnsson, Niles, Dorrans e Morelos; Miller e Welbeck.
Simples não? Porém mais que o suficiente para fazer aquela primeira partida do ano virar pó! Em 38 jogos locais, a Premier viu os Rangers fazer impressionantes 102 pontos contra 83 do Celtic. 19 pontos massacrantes e que colocaram a paz de volta ao Ibrox.
Em paralelo, o sonho pela conquista europeia ficou vivo até os últimos instantes. A Europa League teve incríveis confrontos diante de Liverpool (4x2), Monaco (4x4) e Lazio (2x1) durante a fase mata-mata. Gols no último minuto, avanço por gols fora de casa, derrota em casa por 3x1 no jogo de volta que provocou ataques cardíacos nos torcedores! E uma final frustrante com a derrota de 1x0 para o Arsenal.
Uma frustração à Creed: Nascido para Lutar - seria apenas o começo de um legado impactante no futuro.
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