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quarta-feira, 6 de novembro de 2013
A Era do Rádio
As décadas de 1930 e 40 foram os momentos áureos do rádio nos Estados Unidos. Inspirado por esse período, Woody Allen escreveu e dirigiu o filme "A Era do Rádio" (Radio Days, 1987), que conta as lembranças de um garoto e sua família em Nova Iorque, durante a Segunda Guerra Mundial, relembrando a infância permeada pelos programas de rádio da época.
Nesse tempo, o rádio tinha um papel preponderante como veículo de comunicação de massa. A melhor maneira de se manter informado sobre os acontecimentos de sua cidade e do mundo era através do rádio. O filme mostra como a população americana acompanhou apreensivamente a narrativa do ataque à base naval de Pearl Harbor bem como o resgate de uma menina que tinha ficado presa no fundo de um poço. Woody Allen também explora bem o rádio como forma de lazer, quando mostra todos os membros da família do pequeno Seth, o garoto retratado, escutando seus artistas e programas favoritos.
Minha experiência com o rádio vem de moleque. Em especial, ouvindo a Jovem Pan na jornada de domingo, desde o meio-dia até os comentários ao fim da rodada de futebol. E jantando às segundas, com a família à mesa, aquele bom feijão com arroz enquanto os grandes críticos analisavam o final de semana. Uma sensação boa vem à mente, da infância e descompromisso. E segui ouvindo. A descrição do jogo sempre me impressionou, detalhada, fiel e veloz - o jogo não para! E as equipes mobilizadas, narrador, comentaristas, meia dúzia de repórteres dentro e fora do estádio.
Nunca pensei em fazer rádio. Não tenho habilidade nem voz para tanto - até hoje. Mas eis que surge a Web Radio Mooca. Um projeto independente e com uma finalidade: levar o Juventus aos ouvidos de quem quiser escutar as peripécias de um moleque travesso. Levar minha paixão e loucura para o mundo!
Começou Atrás do Gol. Nome mais que obrigatório, referência à baliza mística do gato preto - ou o gol da creche para quem queira. Um convite de Guizão e Corona para uma coluna gravada para o programa. Nem vale contar tanta história... participação in loco com os amigos veio na 7ª edição, sempre às terças, 20h. Pouco depois, em 6 de abril, a primeira transmissão, precioso convite de Marcelo Santos, idealizador do projeto: jogo do sub-17, Juventus 1 x 0 Red Bull. O primeiro do profissional foi em dia de presença de Papa! Na vizinha Taubaté, vitória grená por 2 a 0.
Tudo isso, mas não tenho vaidade alguma. A maior realização em participar das transmissões e debates não é saber que estão me ouvindo, achando que "esse cara é bom". Longe disso, porque não sou. O importante e o que gera a satisfação é saber que o Juventus está sendo exaltado e debatido. Ele, apenas ele, recebe os holofotes que a grande mídia insiste em apagar. É o projeto, a ideia. Se não estiver lá, alguém estará fazendo o mesmo papel brilhantemente, exaltando a cor grená.
Pra ser sincero, não ouvi nenhum jogo do Juventus feito pela nossa equipe esse semestre. Se eles podiam estar lá, eu também podia. Porque nada substitui estar no estádio, torcer agarrado ao alambrado, rasgando a garganta ou sussurrando seu alento. Nem indico que ouça os jogos, mas que vá ao estádio, que é o lugar do torcedor. Ao menos que ache alguma frequência FM no seu radinho...
Não sei o que vai acontecer nos próximos meses. O projeto cresce bastante. No entanto, o tempo deste comentarista é inversamente proporcional, diminuindo com o fim da graduação. A participação diminuirá, mas o ímpeto de ajudar, divulgar, somar à equipe permanecerá sempre, tenha certeza. Uns pitacos na nossa consagrada gravação aos domingos, comentando um jogo aqui outro acolá. Irresistível. Até porque tenho de usar a camisa que ganhei no último jogo do ano.
Nostalgia. Assim se compreende a era de maior impacto do rádio retratada no filme. Woody revela seu íntimo, porque conta a sua história pessoal.
E assim sinto quando falo pelas ondas da Web Radio Mooca, imaginando alguém preso ao computador/celular, atento, refém da emoção que nós levamos - enquanto conto uma história que também vou construindo junto ao ouvinte.
Um salve ao rádio!
Ah, filme é imperdível. Principalmente pela trilha sonora fantástica selecionada pelo bom e velho Woody. Assista!
Abraços!
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
Don Corleone
“Se dedica a família? Um homem que não se dedica à família nunca será um homem de verdade.”
A trilogia de “The GodFather” é uma das obras-primas da história da sétima arte. E, sem dúvidas, Marlon Brando imortalizou um dos personagens mais emblemáticos dessa história – Don Vito Corleone. Escrito por Mario Puzzo e dirigido com maestria por Francis Ford Coppola, o Don tornou-se um símbolo de poder e de influência, transcendo a arte e se confundindo à realidade devido à semelhança com a máfia siciliana.
Por um período, a homenagem aos jogadores por aqui foi dada cunhando-os como “Craques para sempre”. No entanto, nada se compara a poder organizá-los em suas respectivas qualidades e histórias com um tema de fundo. Nasce o “Chefão”. Quem é o padrinho, quem é o consigliere ou é apenas o caporegime? Pra começar, antes de qualquer jogador, um pouco da trilogia e, claro, de Don Vito (para a leitura, recomendo deixar o vídeo abaixo rolando...)
Sinopse: Don Vito Corleone (Marlon Brando) é o chefe de uma "família" de Nova York que está feliz, pois Connie (Talia Shire), sua filha, se casou com Carlo (Gianni Russo). Porém, durante a festa, Bonasera (Salvatore Corsitto) é visto no escritório de Don Corleone pedindo "justiça", vingança na verdade contra membros de uma quadrilha, que espancaram barbaramente sua filha por ela ter se recusado a fazer sexo para preservar a honra. Vito discute, mas os argumentos de Bonasera o sensibilizam e ele promete que os homens, que maltrataram a filha de Bonasera não serão mortos, pois ela também não foi, mas serão severamente castigados. Vito porém deixa claro que ele pode chamar Bonasera algum dia para devolver o "favor". Do lado de fora, no meio da festa, está o terceiro filho de Vito, Michael (Al Pacino), um capitão da marinha muito decorado que há pouco voltou da 2ª Guerra Mundial. Universitário educado, sensível e perceptivo, ele quase não é notado pela maioria dos presentes, com exceção de uma namorada da faculdade, Kay Adams (Diane Keaton), que não tem descendência italiana mas que ele ama. Em contrapartida há alguém que é bem notado, Johnny Fontane (Al Martino), um cantor de baladas românticas que provoca gritos entre as jovens que beiram a histeria. Don Corleone já o tinha ajudado, quando Johnny ainda estava em começo de carreira e estava preso por um contrato com o líder de uma grande banda, mas a carreira de Johnny deslanchou e ele queria fazer uma carreira solo. Por ser seu padrinho Vito foi procurar o líder da banda e ofereceu 10 mil dólares para deixar Johnny sair, mas teve o pedido recusado. Assim, no dia seguinte Vito voltou acompanhado por Luca Brasi (Lenny Montana), um capanga, e após uma hora ele assinou a liberação por apenas mil dólares, mas havia um detalhe: nas "negociações" Luca colocou uma arma na cabeça do líder da banda. Agora, no meio da alegria da festa, Johnny quer falar algo sério com Vito, pois precisa conseguir o principal papel em um filme para levantar sua carreira, mas o chefe do estúdio, Jack Woltz (John Marley), nem pensa em contratá-lo. Nervoso, Johnny começa a chorar e Vito, irritado, o esbofeteia, mas promete que ele conseguirá o almejado papel. Enquanto a festa continua acontecendo, Don Corleone comunica a Tom Hagen (Robert Duvall), seu filho adotivo que atua como conselheiro, que Carlo terá um emprego mas nada muito importante, e que os "negócios" não devem ser discutidos na sua frente. Os verdadeiros problemas começam para Vito quando Sollozzo (Al Lettieri), um gângster que tem apoio de uma família rival, encabeçada por Phillip Tattaglia (Victor Rendina) e seu filho Bruno (Tony Giorgio). Sollozzo, em uma reunião com Vito, Sonny e outros, conta para a família que ele pretende estabelecer um grande esquema de vendas de narcóticos em Nova York, mas exige permissão e proteção política de Vito para agir. Don Corleone odeia esta idéia, pois está satisfeito em operar com jogo, mulheres e proteção, mas isto será apenas a ponta do iceberg de uma mortal luta entre as "famílias".
A história de Don Vito: Em 1901, seu pai, Antonio Andolini, foi morto por um chefe da máfia na Sicília conhecido como Don Francesco Ciccio, por ter se recusado a pagar um tributo, tendo isso sido considerado um insulto pelo Don. O irmão mais velho de Vito, Paolo Andolini, jurou vingança e desapareceu nas montanhas. Vito foi o único homem que acompanhou sua mãe no funeral de seu pai. Entretanto, durante o funeral, Paolo, que apareceu para assistir, foi assassinado. Algum tempo depois, os homens de Ciccio foram até a residência dos Andolini para matar Vito. Desperada, Signora Andolini, mãe de Vito, foi se encontrar com o Don.
Quando chegou para ver Don Ciccio, ela implorou pela vida de seu filho, dizendo que ele não procuraria vingança, mas seu pedido foi negado, pelo fato de que Ciccio acreditava que quando adulto Vito procuraria se vingar. Em pânico com a resposta de Ciccio, Signora Andolini agarra-o por trás e o ameaça, colocando uma faca em sua garganta, dizendo para Vito fugir. Ciccio consegue se desvencilhar e um de seus homens dispara contra a mulher, matando-a imediatamente. Vito consegue fugir dos homens de Ciccio, e durante aquela noite esconde-se com a ajuda de amigos da família, sendo mandado posteriormente para os Estados Unidos em um navio com outros imigrantes. Não falando inglês, ele é renomeado como Vito Corleone, quando o agente da imigração lê a identificação em sua roupa que diz: "Vito Andolini, de Corleone" (no romance ele escolhe o sobrenome Corleone).
Corleone foi adotado posteriormente pela família Abbandando em New York, e se tornou o melhor amigo de Genco Abbandando, amigo este que futuramente se tornaria seu consigliere. Anos depois, Corleone casou-se e estabeleceu uma família. Vito começou a trabalhar no armazém Abbandando, mas perdeu seu emprego, devido ao fato de Abbandando ter sido forçado a dar um emprego ao sobrinho de Don Fanucci.
Depois disso, Corleone conheceu Peter Clemenza, que pediu a Vito para guardar uma trouxa com o conteúdo desconhecido. Nesse pacote havia armas, mas Vito o guardou mesmo assim, vindo Clemenza pegá-lo dias depois. Em recompensa Clemenza oferece a Vito um tapete para sua casa, dizendo que iria pegá-lo na casa de um amigo. Chegando a casa, o referido “amigo” de Clemenza não estava, fazendo-o entrar e pegar o tapete. Na verdade, ele estava cometendo um roubo e quase foi pego quando um policial apareceu, mas nada aconteceu.
Corleone começou a viver e prosperar graças a esses pequenos crimes e fazendo favores em troca de lealdade. Ele cometeu seu primeiro assassinato matando Don Fanucci, o “padrinho” da vizinhança. Havia rumores que Fanucci era membro da “Mão Negra”, em 1919.
Tempos depois o jovem Vito começa um negócio de importação de azeite com seu amigo Genco Abbandando. Por anos ele usou esse negócio como fachada para o sindicato do crime organizado, fazendo fortuna com as operações ilegais. Durante uma viagem a Sicília com sua família em 1925, ele vingou seus pais e irmão, assassinando Don Ciccio e seus comparsas.
No começo da década de 30 Vito Corleone estabeleceu a “Família Corleone” com a ajuda de Peter Clemenza, Salvatore Tessio e Abbandando. Foi nessa época que Genco Abbandando tornou-se o conselheiro da família.
Em 1945 Corleone foi seriamente ferido em um atentado. Isso se deu devido a Vito ter recusado a proposta de Virgil Sollozzo de investir no ramo de narcóticos e usar os contatos políticos para não terem problemas a respeito desse novo negócio. Isso desencadeou uma série de eventos como o assassinato de seu primogênito Sonny e a eventual introdução de Michael à Família.
Vito morreu devido a um ataque do coração em Agosto de 1955, enquanto brincava com seu neto Anthony Corleone. Após isso, seu filho Michael assumiu o controle da Família. Sua ultima frase "A Vida é tão Bonita", aparece somente no livro.
Vito Corleone era um homem muito calmo e tranquilo. Nunca interrompia a fala de ninguém, pois pensava que as pessoas devem escutar, para ouvir o que os outros tem a dizer, e nunca elevava seu tom de voz, pois pensava que quem fazia isso estava nervoso, porque já havia perdido a razão.
*Fontes: http://pt.wikipedia.org/wiki/The_Godfather
http://pt.wikipedia.org/wiki/Don_Vito_Corleone
http://www.cineplayers.com/filme.php?id=374
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