08/03/2020. Dia Internacional das Mulheres. Rua Javari. Sol intenso entre nuvens.
Juventus e Penapolense duelam pela 11ª rodada do Paulista A2.
Depois da derrota avassaladora de 4x1 para o São Bento, o time grená entrara pressionado em campo. Não necessariamente num ambiente hostil, mas a Javari estava tensa. Alex Alves prometera mudanças drásticas e o capitão Robson, uma mudança radical de postura do elenco.
De fato, o time não teve mudanças relevantes em relação à última partida, tampouco ao resto da competição. O destaque pode ser dado ao retorno do volante Alê, que é peça fundamentalmente obrigatória para as chances de um bom desempenho, voltando de suspensão. A sua presença em campo talvez tenha sido o fator que levou à mudança de postura nos 90 minutos.
O jogo começou de forma curiosa. Aparentemente testando André Dias, barrado no jogo anterior, a Penapolense finalizou mais de cinco vezes de fora da área; apesar de disparos aleatórios, alguns levaram perigo ao goleiro grená, que se mostrou seguro e simples nas defesas.
Entretanto, à medida que o relógio girava, o Juventus passou a tomar conta das ações. Com a capacidade de desarme da dupla de volantes e até reposições com os pés de André Dias, o time buscava acelerar os contra-ataques, com Potiguar e João Lucas se revezando pelos flancos. Danilo tivera duas excelentes oportunidades mas não a felicidade de concluí-las em gol - uma por tomada de decisão errada e outra por boa ação da defesa de Penápolis.
Após a pausa pra água, Alex Alves indicou uma mudança tática à equipe - Danilo passou a sair mais da área para abrir espaço aos leves alas. E assim, em excelente jogada, encontrou o questionado Potiguar livre pela direita, que entregou a bola nos pés de João Lucas para apenas empurrar no contrapé do goleiro. 1x0 e intervalo.
A volta para a segunda etapa mostrou um Juventus preguiçoso - e que logo fora punido com o empate, em menos de 6 minutos do jogo, tomando o estádio de um silêncio ensurdecedor - Diego Sacoman subiu mal no escanteio e Jailton cabeceou com oportunismo. 1x1.
Um jogo tranquilo deu lugar ao ambiente cinzento. Com jogadas muito forçadas, as vaias começaram a ecoar principalmente para o polêmico Thiago Potiguar. Ele, que fizera um bom primeiro tempo, nitidamente absorveu a tensão e o nervosismo - bem como a responsabilidade de calar aqueles que o criticavam. Nenhum perigo era criado, ao passo que até Léo Castro começara a ser questionado - inclusive, num erro de passe de Potiguar, ambos se desentenderam e trocaram ofensas de longe.
Assim, obviamente (porque aqui é Juventus), ambos tinham de decidir. Numa jogada de cinema, aos 20 minutos da etapa, Potiguar colocou o zagueiro sentado no chão e bateu forte, cruzado, na direção do gol. E apenas deixando a bola bater em seu corpo, o artilheiro do campeonato marcou seu oitavo gol em onze partidas e colocou o Juventus novamente na ponta. 2x1 e o pedido para a torcida se calar.
Já com Marcelo Henrique e Nathan em campo, Alex Alves tirou Leo para reforçar o time com Gil Paraíba. Mesmo sem seu matador, o time ganhou estabilidade e conseguiu dominar um pouco mais as ações, ponto fundamental para evitar a pressão. Alê e Cristian ocupavam com maestria a frente da área, em desarmes e na saída de bola. O maior perigo foi uma finalização de média distância que André Dias, em jornada inspirada, buscou no ângulo e evitou o empate pela segunda vez.
O apito final, depois de acréscimos eternos no relógio, devolveu o clube da Mooca ao G-8, especificamente na 7ª colocação, à frente da rival Portuguesa. O campeonato segue muito equilibrado, com o líder Monte Azul com "apenas" 57% de aproveitamento - o Juventus tem 46% na competição.
Seguindo nas estatísticas e falando em Rua Javari: é em casa que, apesar da vitória, o Juventus puxa sua média para baixo, com pobres 39% de aproveitamento - 2 vitórias, 1 empate e 3 derrotas. Fora de casa, apesar da derrota humilhante para o São Bento na última quarta-feira, o time grená bate 53% de aproveitamento dos pontos.
Outro um ponto interessantíssimo: Alê, grande nome deste elenco, jogou 8 partidas no campeonato. Com ele em campo, o time conquistou 14 dos 24 pontos disputados. Ou seja, 58% de aproveitamento - logo, se Alê sempre jogasse e mantivesse seu desempenho, o Juventus seria líder da competição.
Um fator ainda determinante é a dependência dos gols de Léo Castro - 8 dos 14 gols da equipe saíram dos pés (pés, cabeça e barriga) do atual camisa 10. Além dele, apenas outros 4 jogadores balançaram as redes: Danilo (3), Potiguar, Mazola e João Lucas.
Concluindo, notem o retrospecto no gráfico abaixo. Com gols de Léo Castro, em partidas que Alê atua, o Juventus se torna soberano - são 4 vitórias em 5 jogos. Estatisticamente, é quando o time tem sucesso:
Voltando às quatro linhas, entre amor e ódio, num jogo contra um adversário fraco e forte candidato ao rebaixamento, o Juventus teve bons momentos. Ainda pouco para brigar pelo acesso, mas muito diferente daquilo visto há alguns dias. É necessário consolidar a solidez defensiva mas sobretudo criar mais oportunidades e ter eficiência maior nas finalizações. E tudo isso, com regularidade nos próximos quatro e derradeiros jogos da primeira fase.
O time volta à campo em Campinas diante do Red Bull, que vem se recuperando nas últimas rodadas e pega a forte Portuguesa Santista.
O Estádio Conde Rodolfo Crespi volta a receber uma partida no dia 21/03, contra a já citada Briosa, provavelmente lutando para se manter entre os classificados.
#ForzaJuve
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domingo, 8 de março de 2020
segunda-feira, 24 de abril de 2017
Festas e despedidas
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Time que entrou em campo na despedida do 1º semestre de 2017 (Foto: Ale Vianna/C.A.Juventus) |
Tragam pizza e vinho. O nosso querido Clube Atlético Juventus está de festa. Na passada quinta-feira (20/04), a instituição mooquense celebrou 93 anos de existência. E com dignidade, apesar dos pesares. Obviamente, todos gostaríamos de respirar melhores ares em vez de sofrer tanto nas divisões inferiores do futebol estadual.
Porém, sabemos que nada vem fácil nessa vida severina. E não seria diferente com esse time grená de origem operária. As diferenças existem e é preciso batalhar muito para amenizá-las. Mesmo diante das adversidades, seguimos nossa caminhada ao lado do padroeiro San Gennaro para concretizar o mantra do "voltaremos."
Falando em "voltaremos", aliás, não foi dessa vez. Ficamos no quase. A equipe comandada pelo técnico Wilson Júnior terminou a primeira fase do Campeonato Paulista da Série A2 na 7ª posição, com 30 pontos em 19 rodadas - apenas dois a menos que o Bragantino, último classificado para a semifinal. O Moleque Travesso contabilizou 8 vitórias, 6 empates, 5 derrotas (52,6% de aproveitamento), 21 gols feitos e 17 sofridos. Gostinho de que dava para ir mais longe.
Após um começo difícil, a reta final criou esperanças. Duas vitórias na Javari sobre adversários bem posicionados, o Rio Claro (1x0) e o Batatais (2x0). Mas a derrota fora de casa para a lanterna União Barbarense (1x0) nos deixou em situação delicada, e a combinação de resultados naquela rodada minou nossas chances de avançar. Apenas cumprindo tabela, nos despedimos desse primeiro semestre ganhando de virada do Oeste, por 2 a 1, no domingo (23), em Barueri.
Quaisquer que tenham sido os erros, eles ficaram lá atrás e agora é preciso sabedoria para tirar conhecimentos deles e não voltar a cometê-los, assim como as experiências positivas devem ser valorizadas para que o atual processo siga evoluindo. O próximo compromisso oficial do Juventus será na Copa Paulista, que deve começar em julho.
Até lá, você pode acompanhar o Bola pro Mato para saber mais sobre a preparação do Moleque Travesso, análises, projeções e, claro, as informações divulgadas pela Federação Paulista de Futebol (FPF) para o torneio no qual buscaremos nosso segundo título após 10 anos da primeira conquista. 2007 ainda vive! Forza Juve!
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