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domingo, 12 de março de 2023

Bari: o término chocante (Capítulo 3)

A renovação com o Bari não estava nos planos - nem de Castro nem de diretoria e nem de torcida, que já via seu treinador em novos caminhos.

Entretanto, o sonho de jogar uma Champions League corroborou para um acordo surpreendente.

Mas diferente do estrategista calculista e preciso, Castro errou para a nova temporada: chegaram propostas fabulosas por alguns jogadores e, nessa leva, Belloti e Locatelli foram vendidos, somando mais de €200MM em receitas.

Na ansia de montar agora um elenco estrelar, o controle financeiro saiu dos eixos. Se na primeira temporada havia um teto de €15k semanais, que alçou €45k na primeira divisão, o ano de UCL descalibrou as contas e não houve teto. Assim, consequentemente, elenco rachado e muito ruído nos bastidores. 

Chegaram Verrati, Pellegrini, Jorginho, Immobile, Insigne... jogadores de seleçao italiana. E quem mostrou futebol foi Ounahi, Amallah...

A ruptura era questão de tempo.

No campeonato italiano, o time chegou a outubro com 9 jogos e o terceiro lugar, somando 20 pontos. Apesar da posição cômoda, o sistema não funcionava. A defesa, por exemplo, de 0,58 gols sofridos se tornou 1,00 gol por partida - lembrando que fora 0,41 na segunda divisão. E chuva de críticas!

Na Champions, em três jogos, o time estacionou na terceira colocação - atrás de Barcelona e Celtic, e a defesa caia para 1,33 gols sofridos por jogo.

No geral, o ataque foi de 1,97 gols para 1,81 - e o aproveitamento de vitórias foi de 71,88% para 56,25%.

O grande artilheiro Belloti não estava mais lá para decidir - e Locatelli, crucial em gols decisivos e assistências, não aparecia mais nas horas críticas.

Com a crise instaurada, havia uma única saída e ela aconteceu em comum acordo: Castro deixava o comando do Bari, certamente em sua última passagem pelo clube.

Se a primeira passagem foi de fracasso, essa foi de sucesso! O time subiu de divisão, foi campeão nacional, disputou uma competição europeia e se sagrou vitorioso!

O significado de uma saída não é necessariamente ruim - pelo contrário, olhar pra portas que o futuro reserva, no Calcio ou fora dele.

Forza, Biancorossi!

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