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sábado, 17 de dezembro de 2011

Barcelona e Santos, considerações

A final deste domingo do Mundial de Clubes, no Japão, às 8h30 (horário de Brasília) coloca frente a frente a melhor equipe do mundo e o melhor time da América do Sul. Talvez mais do que isso, o melhor jogador do mundo Lionel Messi diante da maior estrela do futebol brasileiro – e já comparado aos maiores – Neymar. O Barcelona é favorito perante qualquer equipe e nesta partida não será diferente. No entanto, o Santos tem no seu camisa 11 o fator desequilíbrio e nas tradições do clube a vontade de vencer. 


A pergunta maior é como fazer para parar Messi, Xavi, Iniesta e Cia. O que se passa na cabeça de Muricy às vésperas do confronto do ano? Qual o coelho da cartola que nem José Mourinho consegue retirar? Quantos zagueiros, volantes, manter a posse de bola ou jogar no contra-ataque? A paciência será a virtude que o Santos deve priorizar. Some-se a isso uma marcação atenta e a tentativa de manter a posse de bola, que deverá permanecer em cerca de 60% para os catalães. O Barça deixa espaço para o contra-ataque e os 3 ou 4 que surgirem devem ser bem aproveitados.


Muricy Ramalho tem um quebra-cabeça pra montar e precisa das peças que ainda nenhum outro treinador encontrou. O treinador santista veio para a primeira partida, contra o Kashiwa com Durval na lateral-esquerda e Bruno Rodrigo ao lado de Dracena; sem Adriano, volante que mais marca no elenco, Henrique é um primeiro volante que não marca metade do que o contundido jogador e precisa muito de Arouca ao seu lado. Dessa forma, o time da baixada sofreu com o frágil sistema defensivo. Mas em especial Durval sofreu; lento, não conseguiu marcar o lateral adversário e teve a sorte da falta de pontaria nas conclusões japonesas. E as consequências em qualquer análise concluíram que se fosse Dani Alves daquele lado e Messi na área, o Santos não duraria muito. Assim, especula-se que Muricy venha conta o Barça num 3-5-2 ou mesmo num 5-3-2, com a volta de Léo, saída de Bruno e retorno de Durval a quarta-zaga. Outro ponto negativo foi a ausência de Elano no jogo, sem ajudar no ataque nem na defesa; Alan Kardec poderia entrar e cobrir o lado direito santista, às costas de Dani Alves.

Marcar o Barcelona nunca é fácil. Caso Muricy use 3 zagueiros, Guardiola colocará profundidade com dois homens abertos ou até com 4 atacantes, com Messi, Alexis, Iniesta e Cesc. Se usar 4 defensores na primeira linha com 3 homens na segunda, se Henrique não cobrir o espaço entre as linhas santistas, Messi se encaixará lá e fará a festa, inutilizando a dupla de zaga (vide contra o Manchester United). Elano, caso jogue, deve participar efetivamente, pois simplesmente Iniesta joga em seu setor. Ganso não marca, mas tem a função de controlar a bola quando o Barça deixar. E, claro, as apostas são em Neymar e Borges. O menino da vila desequilibra e, se bobear, desequilibrará – rápido, com mudanças de direções inesperadas, além de dribles mágicos é o cara do confronto para o Santos. Borges também está em fase iluminada; artilheiro do Brasileirão e com um gol já no Mundial, não perdoa.


O Barcelona merece menos linhas, uma vez que nos posts sobre ‘El Clásico’ o esquema e suas variações foram definidas. O time que entra em campo deve ser o mesmo que atropelou o Real Madrid em pleno Bernabéu. Os jogadores são definidos, mas suas posições não 4-3-3 ou 3-4-3 ou 4-4-1-1 ou todos durante os 90 minutos. Provavelmente estarão em campo Valdéz, Dani, Puyol, Pique, Abidal, Busquets, Xavi, Iniesta, Cesc, Messi e Alexis. Jogarão conforme a postura santista, com posse de bola ou com arrancadas de Messi e Alexis. O comandante Guardiola quer o título por motivos pessoais, que incluem a derrota para o São Paulo em 92. O elenco quer o título para oferecer a Villa, com a perna quebrada no jogo semifinal.


A vitória catalã não coroa o trabalho de Guardiola, que já está mais do que consolidado com o segundo título da Champions. Para o Santos a terceira estrela simboliza o renascimento de um time que ficou preso a conquistas da época de Pelé. A vitória catalã é a lógica. A vitória santista por sua vez, deve ser analisada por dois aspectos: primeiro, não é a vitória do Brasil, mas é a vitória de uma nova era, de craques que desejam jogar aqui por conquistas, além do que só dinheiro; segundo, o Barcelona continuará sendo o melhor do mundo – uma eventual derrota não desmerece um time que já está na história como um dos melhores vistos. 

Um jogaço. O jogo do ano. O mais esperado. Imperdível! Viva o Futebol!

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