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sábado, 31 de janeiro de 2015

Vai passar

Outro ano de A3, outra longa aventura. Outra jornada maluca pelo submundo do futebol paulista, lugar que não nos cabe nem no mais remoto pesadelo.

No entanto é a realidade e compete ao nosso travesso moleque dar a volta por cima.

Em meio ao red label (sem gelo, por favor) e a testemunhas cristãs de orientação não-trinitária, milenarista e restauracionista tentaremos o improvável retorno.

Vai passar. Lembra Chico Buarque.. "(...) A nossa pátria mãe tão distraída, sem perceber que era subtraída, em tenebrosas transações (...)"

Falando nisso, comandando o escrete grená, posições da extrema direita baseada na disciplina e rigor. Sistema que falhou no semestre passado mas que ganha nova oportunidade. Justo - mas será cobrado rapidamente por resultados.

A preparação para o torneio teve quatro amistosos e quatro vitórias. Aproveitamento brilhante mas que exigirá igual valia nos jogos valendo três pontos.

O time em si não deve fugir do que se viu na Copa Paulista. Um 4-4-2 tradicional, com dois volantes, dois meias, um atacante leve e um de referência.

O ataque, disparado ponto fraco na Copa Paulista, promete melhorar com jogadores experientes como Adiel e Abraão Lincoln. Será que desmentirão a frase de seu quase xará, 16º presidente norte-americano, que uma vez disse: "pode-se enganar a todos por algum tempo; pode-se enganar alguns por todo o tempo; mas não se pode enganar a todos todo o tempo."

Fica a dúvida.

Precisaremos cada vez mais de nossa torcida também, locomotiva da tradição juventina.

E me lembra Chico novamente. Ah, Chico: "Seus filhos erravam cegos pelo continente, levavam pedras feito penitentes erguendo estranhas catedrais. E um dia, afinal tinham direito a uma alegria fugaz, uma ofegante epidemia que se chamava carnaval. O carnaval, o carnaval. Vai passar! (...) O estandarte do sanatório geral vai passar!"

Voltando ao concreto, o elenco mistura promessas atuais da base (como Orinho e Ataíde), eternas promessas (como Branco e Raikard), conhecidos respeitados (como Derli e Sorriso) e veteranos (como Adiel, Wellington, Lincoln e talvez até Gil - só não vale dar o ...).
 
Segundo o site oficial do clube, compõem o grupo:

Goleiros – André Dias (Juventus), Rafael Vianna (Juventus) e Felipe Barata (base);

Laterais-direito – Charles (Juventus) e Rafael Ferro (ex-Barueri);

Zagueiros – Rodolfo (Juventus), Cássio (Juventus), Léo (Juventus), Lucas Claser (ex-Barueri) e Victor Sallinas (Barahen);

Laterais-esquerdo – Orinho (base) e Rodolfo Testoni (ex-ABC);

Volantes- Felipe Nunes (Juventus), Wellington (ex-S.Paulo/RS), Derli (Juventus) e Ataíde (Juventus);

Meias – Adiel (ex-Santos/China), Daniel Costa (ex-Matonense), Bruno Agnello (ex-Moura), Ricardinho (Bragantino) e Rafael Branco (Juventus);

Atacantes – Abraão (ex-Votuporanguense), Nathan (Juventus), Bruno Santiago (Juventus), Raikard (Juventus) e Renato Sorriso (Juventus).

Devido a incompetência de formalizar documentação, alguns destes - que em tese são titulares - não estarão na estreia diante do Osasco, neste domingo na Rua Javari (10h).

Depois do duelo contra o time do Bradesco (um dos dois, diga-se), haverá mais 18 pelejas valendo pela primeira fase, por pontos corridos - os 8 melhores se classificam para a etapa seguinte.

Além da estreia no torneio, vem a campo o novo manto. Desenhado pela Super Bolla, ambas camisetas (casa e visitante) são bem bonitas. O preço que é ruim para o operário padrão, mas é a realidade do futebol business.

 

Fora o fatos, estranhamente tenho a sensação que faremos uma campanha surpreendente. Sem esperar nada, talvez chegaremos ao objetivo do acesso. Claro, amanhã por volta das 12h posso morder a língua e ficar extremamente puto pelo resto da temporada.

Rodrigo Santana é um teórico no futebol mas na prática ainda deve muito. Ainda parece teimoso em arriscar em alguns jogadores e preterir outros. Casos de André Dias e Renato Sorriso respectivamente.

O fator Javari também deve voltar a ser relevante. A campanha ridícula do ano passado (A3 e Copa Paulista) foi uma das piores da história no Templo e foi determinante ao insucesso nas competições. O ar do melhor estádio da cidade de São Paulo precisa entrar na inspiração destes que se colocam como portadores atuais da camisa grená.

De resto, tentaremos seguir acompanhando aqui com alguns pitacos e informações - históricas ou contemporâneas. Teremos Sergio Agarelli contando alguns causos e toda nossa trupe apoiando o clube nessa campanha para sair do limbo.

É isso e mais nada. Agora vamos esperar amanhã.

Saudações juventinas!

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