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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Di Bari - O fracasso italiano

Nem só de sucessos vive a carreira de um treinador. Buscando resgatar o time da cidade de origem familiar, Castro viveu sua única temporada na segunda divisão italiana com o Bari há 4 anos. Entendam um pouco disso tudo...

A temporada começou com diversas dificuldades no Calcio B, segunda divisão italiana.

A formação do elenco foi deveras custosa, com jogadores encostados de times menores (Atalante, Caglari, Bologna) e promessas ainda não consolidadas - casos de Pulisic, Locatelli, Gerson e Emre Mor. Como contratação definitiva, apenas Bianchi, vindo do Perugia por 1.4 MM de Euros.

O primeiro jogo oficial do Bari, válido pela Copa Itália, fora diante a Atalanta fora de casa. E um sonoro 3 a 0 para o time adversário, abalando o trabalho feito nos primeiros meses sob comando de Castro.

Buscando assimilar o baque, a estreia na segunda divisão parecia o cenário ideal. A impressão colocara o Bari como um dos favoritos ao acesso, no projetado terceiro lugar.

Entretanto, nada saiu como planejado. Duas derrotas nas duas primeiras partidas, fora a lesão de Marco Romizi no ligamento colateral e os quatro meses de departamento médico.

A primeira vitória chegou apenas na quarta rodada, com um sofrido 2 a 1 em doppietta de Emre Mor, emprestado pelo Borussia Dortmund.

Após isso, um arranque deixou otimista a torcida, com mais três vitória e um empate, maior sequência invicta que a equipe teria na competição.

Entretanto, a irregularidade da equipe continuou sendo a grande protagonista da temporada. Entre boas partidas, atuações apáticas marcaram o ano que deixou a equipe na flutuando entre a sétima e a nona posição na tábua de classificação.

A falta de profundidade do elenco também afetou diretamente o time. Lesões de Iwobi, reforço para o segundo turno e Gerson, principal articulador da equipe (9 gols e 8 assistências em 34 partidas) fragilizaram o setor criativo; somada a falta de Romizi, que voltou apenas na metade do segundo turno e teve de ser improvisado na defesa, implicou nos resultados negativos.

No setor ofensivo, as atuações dos 3 atacantes do elenco - Giuseppe de Luca (7 gols), Mor (6) e Bianchi (16) não promoveu um diferencial. Diagnóstico? Um pouco de falta de qualidade e um muito esforço - afinal o quarto atacante (Monachello) fora dispensado por deficiência técnica ao meio da competição. Bianchi, por exemplo, teve uma boa média, quase 0,5 por jogo; porém faltou com aqueles gols de 1x0, decisivos. Muitos foram em derrotas, gols de consolação - pouco para o que se espera de um cara decisivo.

O meio-campo teve mais irregularidade. Martinho e Pulisic, esperanças, não corresponderam. O elenco de apoio, com Locatelli, Basha e Daprelá muito menos, alguns até deixando de ser convocados para os jogos em frequência alta. Algum destaque para Sabelli e Di Noia, laterais direito e esquerdo respectivamente, que foram colocados como titulares e mantiveram suas posições até o final do campeonato, evoluindo nitidamente na forma física e técnica.

Grande destaque do meio-campo, e certamente do time, foi Valiani. Franceso Valiani, aos 36 anos, foi o pulmão e cérebro por 47 partidas - ele jogou todas as pelejas da temporada. Apenas 3 gols e 4 assistências, mas responsável pela liderança do vestiário. Um jogador que vai ficar na história!

Indo para a defesa, um ano para se esquecer. A decadência técnica de Cassani e Di Cesari foi exposta no campo e mostrou um setor fragilizado absurdamente. O grego Moras foi o único veterano com boas atuações. Sua dupla foi Tonetto, antes encostado no elenco, mas que fez um papel honesto no segundo turno sobretudo.

No gol, a disputa entre Micai e Gori foi acirrada. Os dois jovens foram muito inseguros por toda a temporada, mas foi Gori que conseguiu evoluir mais e terminar como titular.

Como resumo, um 2016/2017 ruim. Pela liga, 42 jogos: 8º lugar com 69 pontos (1,64 pp), 61 gols feitos (1,45 pp) e 43 sofridos (1,02 pp) - 12 pontos distante do acesso.

Ao manager, nenhuma premiação de melhor do mês. E a busca por força para permanecer no comando para a nova temporada e um desafio ainda sob maior pressão.

Elenco:

Micai - Gori - Macey
Sabelli - Di Noia - Scalera
Tonucci - Moras - Di Cesare - Cassani
Valliani -Romizi - Locatelli - Iwobi - Guinazu - Basha - Daprela - Martinho - Castrovilli - Furlan - Gomelt - Gerson - Boateng - Fedato
De Luca - Bianchi - Mor - Monachello (dispensado)

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