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terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

Arsenal: a frustrante janela de inverno

No dia 02/09/2021, este blog publicou um texto sobre a pequenez do Arsenal na gestão de Arteta e Edu Gaspar. E, sim, admitimos que o texto foi escrito na base do ódio. A insistência no novo projeto, cujas metas não são claras, dava sinais de estafa na apaixonada torcida. O início sofrendo três derrotas consecutivas, os improvisos e as aparências de que tudo está bem...

A temporada foi rolando, o time se encontrando com um "back four" consistente, um goleiro em ótima fase, e os meninos brilhando no ataque. A escalada na tabela nos levou a claras chances de classificação para a próxima UCL.

O mês de dezembro, apesar do início com duas derrotas, trouxe goleadas e um ótimo futebol - a partida contra o West Ham foi brilhante. 

Janeiro começou com um revés diante do City, apesar da excelente atuação - com impacto feroz da parcial arbitragem.

E depois... derrocada abaixo. Eliminações nas duas copas, perda de pontos contra último colocado da PL... e apenas 1 gol marcado - justamente contra o City, em 01/01/2022.

O caso Aubameyang já se indicava irreversível; a CAN "roubou" Partey, Elneny, Pepe; Xhaka expulso no jogo de ida contra o Liverpool - e as opções de meio-campo limitadas ao jovem Lokonga.

Mas o inocente torcedor esperava uma janela agressiva no inverno - associações a  Vlahovic, Bruno Guimarães, Arthur... nada, absolutamente nada. Pelo contrário, o Arsenal foi desdenhado por atletas e clubes - Guimarães ironiza o interesse do Arsenal em sua apresentação; Vlahovic disse que jamais considerou o norte de Londres como sua futura residência.

Claro, foi sim positivo se livrar de encostos do elenco: Kolasinac, Chambers... e até Auba, cedido gratuitamente ao Barcelona, gerando economias acumuladas de 500 mil libras semanais em salários.

A desculpa que se ouve na Inglaterra é que a missão era acabar a renovação do elenco e, aí sim, lutar por coisas maiores em 2022/2023. Havia muita coisa ligada à Wenger e à Emery... e Arteta sempre disse que queria um elenco formado por ele. E sem torneios internacionais nem copas, entende-se que o atual grupo de atletas aguenta os 17 jogos restantes da temporada.

Hoje, há menos de 20 jogadores profissionais registrados - sendo que alguns certamente sairão no verão, insatisfeitos ou em fim de contrato - como Leno, Laca e Nketiah.

A torcida entrou no inverno com o sonho concreto de Champions League; a projeção atual, todavia, é de sexto ou sétimo lugar. Manchester vem se acertando com Rangnick, Conte vai levar o Tottenham a voos mais altos, e até o West Ham parece sólido o suficiente para deixar os Gunners para trás.

Eu entendo, hoje, um pouco do projeto. Mas não entendo como é possível abrir mão esportivamente de mais um ano em função de algo que não está claro pra ninguém - talvez nem pra eles. A grandeza do Arsenal exige que a reformulação seja trabalhada no mínimo em paralelo - o mínimo de competência pede isso. E competência é a maior lacuna de Edu Gaspar.

22/05/2022 o ano acaba, em partida contra o Everton, no Emirates. Depois disso, veremos o saldo de todo esse "planejamento".

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