No último post, deixamos algumas impressões sobre a dura temporada do Arsenal, em 2021/2022. Agora, vamos falar individualmente, com notas de 0 a 10. Do cara do ano (Saka) até ao pereba (Pepe), vamos a eles:
Saka - 8,5. o menino de vinte aninhos se mostrou maduro e a referência do time após a saída de Auba; fez mais de dez gols no ano, muitos decisivos e encerrou de uma vez por todas os improvisos nas laterais, no apoio, conquistando a vaga cativa na ponta-direita. Após uma traumática Eurocopa, que preocupou no seu retorno ao Emirates, Saka conseguiu se projetar como um dos maiores talentos europeus dessa geração, tornando a sua renovação contratual, prioridade imediata do clube.
Tomiyasu - 8,5. Consistente em todas as funções, foi grata surpresa e um dos três melhores jogadores do ano. Fez muita falta após suas lesões e, no jogo de retorno como lateral-esquerdo, provou que é peça-chave pro ano seguinte.
Magalhães - 8,5. Consistente na defesa, seguro, fala bastante. No ataque, tem participação efetiva e teve tantos gols como os atacantes de ofício. A grande temporada o colocou no elenco da seleção brasileira e, possivelmente, disputará sua primeira Copa do Mundo no Qatar!
Odegaard - 8,0. Talvez é mais do que esperávamos dele, se tornando capitão e referência. Teve ótimos momentos na dobradinha com Saka e, talvez com um ótimo centroavante, possa ter um próximo ano muito melhor.
Smith-Rowe - 8,0. Mostrou o exímio finalizador que demonstrava ser na base; perdeu um pouco de espaço por lesões e Covid-19, mas honrou a camisa que lhe fora concedida com mais de dez gols na temporada.
Martinelli - 8,0. o jovem brasileiro ganhou muito espaço, esbanjando personalidade e técnica. Revezando a titularidade com ESR, participou diretamente de doze gols na Liga, número que deve crescer para a próxima temporada.
Ramsdale - 7,5. Chegou caro e provocando a ira da torcida por isso; tínhamos Leno e outras necessidades urgentes. Entretanto, mostrou competência debaixo da meta e muito carisma e energia, algo que sempre faltou na nossa defesa em tempos modernos - provou que é o homem certo para o serviço. No entanto, algumas falhas bobas, afobações, saídas de bola displicentes precisam ser arrumadas urgentemente.
Elneny - 7,0. A nota parece alta demais, mas é justa. O egípcio pouco jogou e cobriu um buraco grande no elenco quando ninguém esperava. Não comprometeu, mostrou garra e liderança na reta final da temporada.
Partey - 6,5. Assim como White, oscilou. Quando jogou bem, encarnou Patrick Vieira; porém aconteceu por breves momentos. Muitas lesões para alguém de tamanho porte físico, é a exemplo de Tierney, alguém que precisa se cuidar mais para estar em campo.
White - 6,5. Oscilou entre um grande defensor e falhas inocentes; saída de jogo foi sua principal característica, muitas vezes auxiliando o meio-de-campo. Precisa ser mais regular.
Arteta: 6,5. encontrou um caminho, formou melhor o time taticamente; entretanto, a liderança e forma de agir com grandes estrelas ainda é duvidosa e precisa ser provar - algo que não fez na temporada. Conduziu bem os meninos, mas na próxima temporada terá o desafio de lidar com jovens estrelas sedentas por disputar títulos - e precisa provar ser capaz (juntos a eles, claro) de fazer isso pelo Arsenal.
Tierney - 6,0. Bem quando em campo, mas pouco ficou nele. Precisa ter seu físico como foco, para que essa temporada não se repita e não deixe o time novamente na mão.
Xhaka - 6,0. Teve seus momentos clássicos, porém foi importante nesse ano. Infelizmente, tecnicamente não entregou tudo que sua função pedia, chegando à área com mais qualidade de passe final e finalização.
Nketiah - 6,0. apesar da reta final participativa e dos gols como titular (dez no ano, entre PL e Copa da Liga), veio mal do banco durante todo o ano, nitidamente afetado pela falta de perspectiva na carreira como gunner.
Holding - 6,0. Excelente vindo do banco, para garantir vitórias apertadas; um pequeno desastre como titular. Um dos líderes do elenco, se mantiver a função de fechar jogos, seguirá útil.
Leno - 5,5. Outrora titular absoluto, perdeu o posto e se contentou em sair na próxima janela. A nota é por não comprometer e nem afetar elenco com insatisfações.
Lacazette - 5,5. deu suas assistências e foi fundamental na construção de padrão do time durante dois meses da temporada. Porém a escassez de gols pesa em sua nota, fator que foi preponderante para o fracasso da jornada à UCL.
Cedric - 5,5. Esforçado, bom de grupo, mas um jogador que não pode jogar mais de 20 partidas na Premier League. Foi mais utilizado do que desejávamos, comprometeu sim, mas aguentou a bomba melhor do que se esperava.
Lokonga - 4,5. Tem muito potencial, mas sentiu a pressão e ritmo de jogo da liga. Permanecendo no elenco ou sendo emprestado, num futuro breve pode se tornar ótimo jogador.
Nuno Tavares - 4,0. Sentiu a Premier League; talentoso, habilidoso, mas péssimo defensor e finalizador de jogadas (finalização ou passe final); um empréstimo seria ótimo para aprender a jogar futebol competitivo.
Pepe - 3,0. reforço mais caro da história e decepção em iguais proporções; tornou-se peça irrelevante no time e no elenco, e não fez diferença alguma na história da temporada; ou pior, atrapalhou o time muitas vezes.
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