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sexta-feira, 9 de setembro de 2011

La Città eterna: Colosseum, gladiatori, Totti

Roma, cidade eterna. A Roma Antiga encanta e é presente no dia-a-dia contemporâneo, seja na arquitetura da cidade, nos livros de história ou no não menos importante Direito Romano. A Roma do Coliseu, dos gladiadores. Mais do que uma cidade que vive do passado, Roma vive plenamente. A Roma do Estádio Olímpico, de um gladiador especial. E não é Maximus Decimus Meridius, comandante dos exércitos do norte, como no filme Gladiador.
O Coliseu é conhecido como o maior símbolo da cidade de Roma, e um dos melhores exemplos da engenharia e da arquitetura romana.  O gladiador era um lutador escravo treinado na Roma Antiga, que incide na era contemporânea como os grandes heróis romanos. Francesco Totti, Il Capitano, é o atual camisa dez da AS Roma, ídolo eterno do clube e da cidade e luta pra permanecer com tal status na atual década. Desses assuntos que o Bola pro Mato abordará nas próximas linhas.
O nome Gladiador provém da espada curta usada por este lutador, o gladius. Eles se enfrentavam para entreter o público, e o duelo só terminava quando um deles morria, ficava desarmado ou ferido sem poder combater. Entretanto alguns estudos relatam que nem sempre o objetivo era a morte de um dos gladiadores, haja vista, que isso geraria ônus para o estado romano. Argumenta-se que o principal objetivo era o entretenimento da platéia, fazendo parte da política do panis et circencisAs primeiras lutas conhecidas aconteceram em Roma em 286 a.C., no começo da Primeira Guerra Púnica, porém o esporte teve início com os Etruscos. As lutas foram banidas no reinado de Constantino I, no ano 325, com o advento do Cristianismo; mas embora tenham decaído, os espetáculos de gladiadores sobreviveram por mais de um século após a proibição. Durante cerca de sete séculos, as lutas dos gladiadores, entre si ou contra animais ferozes, o que era menos valorizado e prestigioso para os lutadores, foram os espetáculos preferidos dos romanos.  O mais impressionante eram as formas de execução dos gladiadores derrotados. Aquele que tivesse ferimentos leves, esperava de joelhos pelo julgamento da platéia. Caso a decisão fosse pela execução, ele era morto com um golpe de espada na jugular. Se estivesse muito debilitado, era mantido de quatro na areia e recebia o golpe nas costas, na altura do ombro. A lâmina penetrava entre os ossos e chegava diretamente ao coração. O Coliseu, era o principal palco dessas lutas, em Roma, e suas ruínas ainda se constituem numa atração turística da cidade.
O Coliseu de Roma ou Anfiteatro Flaviano tem sua alcunha da expressão latina Colosseum, devido à estátua colossal de Nero, que ficava perto a edificação. Localizado no centro de Roma, destaca-se pelo seu volume e relevo arquitetônico. Com quase 50 metros de altura, originalmente apresentava capacidade próxima a 50 000 pessoas. Demorou entre 8 a 10 anos para ser construído. Cobria uma área elipsóide com 188 x 156 metros, três andares, que mais tarde com o reinado de Severus Alexander e Gordianus III foi ampliado com um quarto andar, sendo capaz de suportar de 70 a 90 mil espectadores. Foi construído em mármore, pedra travertina, ladrilho e tufo (pedra calcária com grandes poros). A fachada compõe-se de arcadas decoradas com colunas dóricas, jônicas e corintias, de acordo com o pavimento em que se encontravam. Esta subdivisão deve-se ao fato de ser uma construção essencialmente vertical, criando assim uma diversificação do espaço. Os assentos são em mármore e a arquibancada dividia-se em três partes, correspondentes às diferentes classes sociais: o podium, para as classes altas; as maeniana, setor destinado à classe média; e os portici, ou pórticos, construídos em madeira, para a plebe e as mulheres. A tribuna imperial ou pulvinar encontrava-se situada no podium e era balizada pelos assentos reservados aos senadores e magistrados. O Coliseu foi utilizado durante aproximadamente 500 anos, tendo sido o último registro efetuado no século VI da nossa era, bastante depois da queda de Roma em 476. O edifício deixou de ser usado para entretenimento no começo da era medieval, mas foi mais tarde usado como habitação, oficina, forte, pedreira, sede de ordens religiosas e templo cristão.

*Com a sua imensa bagagem cultural, Roma é um dos grandes pólos de atração turística internacional. Mas não somente do passado vive a Cidade Eterna. É ainda um grande centro de referência que se estende da moda à culinária. Assim, não somente pelo fato de ter constituído um grande império se orgulha o romano, assim como não somente para se embevecer com a Roma Antiga vão os turistas, mas também pela intensa programação de eventos, como o Festival de Jazz de Roma e o Festival de Literatura.*


Roma, Itália, 27 de setembro de 1976. Meia. Só vestiu duas camisas ao longo de sua carreira: a da seleção da Itália e da Roma, clube em que começou a jogar profissionalmente em 1992. Mas em 1989, aos treze anos, que Francesco Totti colocou os pés no clube pela primeira vez. São 22 anos de clube. Amado mais que qualquer outro pelo torcedor romanista: Il Capitano, Bambino d´Oro e The Gladiator. Odiado mais que qualquer outro pelo torcedor ultra. Líder da Squadra romanista que venceu o Calcio de 2001. Apesar de gerado e criado numa atmosfera imperial, das ruínas do Coliseo à Fontana di Trevi, por ruas e becos povoados de fantasmas de Césares, gladiadores e filósofos, o clima do time romanista nunca foi épico. Desde os tempos de Amadei, goleador do scudetto 41/42 até aos lances geniais de Totti, capitão da epopeia 2000/2001, sentia-se falta de heróis. Heróis que atingiram dimensões míticas para os adeptos gialorossi. Os tifossi adotaram Totti. Passes refinados, finalização precisa, garra insuperável. Ele é o homem-símbolo da Roma que ambiciona continuar a cavalgar imperialmente nos próximos anos do Calcio. Ave Totti!




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