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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

A2 2021 | Como vem o moleque travesso?

E vai começar mais uma série A2 para a equipe juventina. Depois do acesso de 2015, vinda da A3, a equipe vem para sua sexta edição seguida buscando a escalada à elite do futebol paulista.

Após um ano de pandemia, e ainda dentro dela na verdade, 2021 é um ano de reconstrução.

Já sem o treinador Alex Alves desde a Copa Paulista, o processo de renovação se aprofundou mais ainda para dentro do elenco, com saídas de veteranos como Cristian e Alê (este com passagem relevante pelo clube) como também de antigos conhecidos, jovens como Rafael Viana, Douglas Ramos e Thiago Rocha.

Para o comando do elenco, Sergio Soares. Velho conhecido da casa e bastante rodado pelo futebol nacional, Sergio retorna com o objetivo de ascensão claro, mas principalmente impor um novo estilo de jogo ao time grená.

Se a ideia de jogo de Alex Alves era voltada para uma defesa sólida e posse de bola, muitas vezes pouco criativa e inepta nas finalizações, Sergio parece montar um plano voltada a um time mais forte fisicamente, dotado de forte capacidade nas bolas paradas.

Entenderemos ao longo dos primeiros jogos quais princípios de jogo Sergio Soares imputará à sua equipe, como será sua organização funcional num elenco recém-formado. Aparentemente, sem um camisa 10 clássico, teremos uma organização voltada à retomada de bola e saída rápida com os pontas de lança, que descreveremos a seguir. A missão, óbvia, é fazer o melhor sistema com as características dos atletas que tem hoje, suas limitações e talentos, extraindo tudo deles. Basicamente, o novo elenco é o seguinte:

  • Goleiros: Matheus Pellegrini, Vitor Omena, André Dias e Denison
  • Laterais: João Victor, Apodi, Railan e Rubens Carvalho
  • Zagueiros: João Paulo, Pablo, Nailson, Cristian Renato e Lucas Santos
  • Volantes: Diego Felipe, Negueba, Bazilio e Bruno Luiz
  • Meias: Athyrson, Alvinho, João Lucas, Raphinha, Lucas Ybom e Nathan
  • Atacantes: Dudu, Will, Joel, Alfredo, Denis e Giovanny

Com 22 jogadores profissionais, digamos, a lista B conta com 7 atletas da base, todos muito jovens e sem grande experiência no meio profissional.

A profissionalização parece surgir na comissão técnica também, com corpo forte de fisiologistas, nutricionista, fisioterapeutas e analista de desempenho.

Pelos jogos-treino e algumas informações de bastidores, o time deve vir armado numa espécie de 4-2-3-1. À frente de André Dias, uma linha de quatro defensores simples, protegida por um volante de zona (Diego Felipe) e um volante de marcação de bola (Negueba). A recomposição dos 3 meias-avançados fecha o sistema defensivo. Ofensivamente, a passagem dos laterais é fundamental para os pontas fecharem junto à Joel, potencial camisa 9, na linha de ataque. Sem um meia de armação clássico, a tendência é de um jogo de velocidade e chegada na área, principalmente de Alvinho e João Lucas. Vejam no quadro abaixo:


O elenco formado ainda tem características peculiares, como o alto grau de improvisação de laterais: João Paulo, Negueba e Lucas Ybom são laterais e não zagueiro, volante e meia, respectivamente.

Por outro lado, talvez o Juventus tenha um tempo para formatação ideal do time titular. A tabela de algum modo é favorável e parece escalonar o grau de dificuldade dos adversários.

Os cinco primeiros jogos (Audax, Rio Claro, Monte Azul, Santista e Taubaté) mostram adversários também em construção, que não são favoritos ao acesso. Tempo para encaixar o time, ao passo que a viagem mais longa é para o litoral - três jogos serão na Javari.

No segundo terço da tabela, São Bernardo fora, Água Santa e Oeste na Javari são adversários pesados, que vem para buscar vitórias. Por outro lado, Red Bull e Sertãozinho podem render 6 pontos ao time grená.

Por fim, no ciclo final da primeira fase, as pedreiras: Portuguesa e XV. Além dos dois favoritos ao título na sequência, o veterano Atibaia fora de casa pode ser um adversário perigoso, por vir na esteira de confrontos dificílimos, incluindo uma viagem à Americana, com menos de quatro dias de descanso.

O ciclo final, especialmente, vai observar as equipes que estão preparadas fisicamente. Serão 15 jogos em aproximadamente 60 dias, algo como 1 jogo a cada 96 horas. Extenuante, mas pode premiar a melhor preparação. 

Dito tudo isso, alguns palpites:

Destaque: Diego Felipe. Volante experiente, deve ser responsável pela saída de bola e combatente principal do meio-campo. Posição que fora de Derli, Fellipe Nunes e Alê nos últimos anos, é sempre um foco de atenção da torcida juventina. Um dos possíveis capitães, é pilar do time desde já, pela experiência prévia ao lado do treinador juventino.

Colecionador de esfihas: André Dias. O Juventus deve sofrer um pouco na defesa, e o veterano deve ser responsável por muitas defesas, que o colocarão como melhor em campo por diversas oportunidades.

Surpresa: Railan. Acostumados com Thiaguinho, acredito que teremos um lateral forte e que contribuirá muito para a equipe, mesmo sem ser dos nomes mais celebrados no início de temporada.

Artilheiro: Alvinho. Foi artilheiro da competição há duas temporadas, e por conhecer a divisão, acredito que seja o principal marcador de gols da equipe grená.

Pontuação e posição:  nos últimos 3 anos, a linha de corte à segunda fase foi 22, 19 e 22 pontos. Sendo - em 2020 - o Juventus classificando-se em oitavo lugar. No ano passado, a equipe teve 6 vitórias, 4 empates e 5 derrotas.

Nesta temporada, imagino que chegaremos ao 23 pontos e ficaremos entre 7ª e 8ª posição. Na sequência: E V E D V D V E V E D E D V V. Ou seja, 6 vitórias, 5 empates e 4 derrotas. A classificação virá na reta final após bater um cansado Atibaia e o EC São Bernardo, na Rua Javari.

Ao menos, manteremos o otimismo aqui. E teremos calma e fé no trabalho de Sérgio Soares.

Por fim, acompanhem tudo que vai acontecer no Manto Juventino, juve.com.br e Web Rádio Mooca.

 #ForzaJuve

Um comentário:

  1. Salve, Bola pro Mato. Welcome back. Pra onde foram Douglas, Rocha e Rafael Viana? No primeiro jogo, achei o volante muito lento. Acho os meia armadores do elenco muito aquém do objetivo do acesso. Quando lembro que os meias dos acessos de 2012 e 2015 eram Elvis e Saulo, Adiel e Daniel Costa, não fico animado com os que dispomos no elenco atual. Mais uma coisa: virou moda no clube choramingar alegando a questão financeira.Então, vou cometer um sacrilégio pessoal ao sugerir que deveriam mirar-se no exemplo da (argh) equipe do bairro vizinho ao Pari, que tem uma divida registrada em balanço 50 vezes (isso mesmo!)maior que a dívida do Juventus. Aquele time vai subir( e provavelmente como campeão da A2 ) , mas por que seus dirigentes tem vontade política pra isso. Só isso. Abraços.

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